segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ESBOÇO DE SERMÃO: Podemos Conversar Com Deus




Introdução
1.    Napoleão certa vez, inquiriu: “Quer descobrir algo sublime?” e ele mesmo respondeu a sua pergunta: “Repita a oração do Senhor.” E, aparentemente, repetir foi a única coisa que ele fez. Mas, aqueles que vivem esta oração têm poder espiritual. Seria muito bom que soubéssemos de cor a oração do Senhor (Mat. 6:9-13) e a orássemos de coração todos os dias, porém, nem todas as nossas orações precisam ser decoradas.

2.    A oração é, na verdade, a comunhão com Deus, uma experiência íntima e pessoal com o Senhor. Vamos buscar o segredo deste grande poder.

I.       O Que é a Oração?
1.    Alguém definiu muito bem a oração: “A chave nas mãos da fé para abrir os celeiros celestes”. Isto é verdade. Considere também estes dois aspectos:
a)    É o clamor de uma alma em necessidade (ler Sal. 31:9).
Perguntaram a um salva vidas, numa praia, como podia ele distinguir os gritos de alguém que realmente estava em perigo, no meio de tantos outros ruídos e confusão. Ele respondeu: “Eu sempre ouço quando alguém grita por ajuda.” Assim é Deus. Ele sempre nos ouve quando estamos em perigo. Mas, geralmente, quando passa o perigo, esquecemo-nos de orar a Ele.

b)    É o abrir do coração a Deus, como um amigo. Não é apenas pedir coisas. Não é apenas o homem falar, ou Deus falar, mas um pouco de cada um. Às vezes, a oração pode ser uma comunhão com Deus, em silêncio, um sentimento sagrado da Sua presença. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus. (Sal. 46:10).

2.    Deus nos pede para chamá-lo Pai. Assim, podemos ir livremente a Ele com nossos problemas e nossas alegrias. (ler Mat. 6:9).

3.    O que a oração não é:
a)    A oração não é um ato para merecer o favor de Deus, Jesus ensinou: “Ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos”. (Mat. 5:45).

Se os fazendeiros cristãos tivessem sempre boas colheitas e seus vizinhos ateus colheitas pobres, os ateus provavelmente se tornariam cristãos, mas não seriam nada mais que hipócritas. Se os cristãos nunca adoecessem, as igrejas estariam superlotadas – todo o mundo professaria o cristianismo.

Muitos agem como o menino que sentando-se à mesa para a refeição matinal, começou a comer, sem a costumeira oração. Seu pai perguntou-lhe por que fazia assim, e a resposta não tardou: “Não precisamos orar pelo pão de hoje. Já olhei a cesta de pão e ali há o suficiente para três dias.

II.      Por Que Oramos?
1.   Quatro perguntas nos ajudarão a encontrar a resposta:

a)    A oração é para dar informação a Deus? (ler Sal. 139:1-4). Deus precisa de informações? Não! “Vosso Pai sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mat. 6:8). Ele nunca nos despreza, quando vamos a Ele em sincera oração. Abra o coração. Demore o tempo que desejar. Não tenha pressa. Pense, enquanto ora. Se estivesse falando com o Presidente da República, você não ficaria bem alerta? Esteja atento e reverente, quando falar com Deus, e suas orações serão ouvidas no Céu.

b)    A oração é para que se torne generoso? (Ler Luc. 11:13). A oração não torna Deus generoso. Ele sempre está ansioso para ajudar-nos.

c)    A oração é para mudar Deus? “Porque Eu, o Senhor, não mudo” (Mal. 3:6) Não oramos para alterar a vontade de Deus. Nele não há “variação ou sombra de mudança” (Tia. 1:17). Todas as promessas de Deus são condicionais, portanto as respostas variam. Mas Deus nunca muda. (ler Heb. 13:8). Seu convite é: “Vinde, pois, e arrazoemos” (Isa. 1:18).

d)    A oração é para mudar-nos? A oração é a maior força do Universo para mudar aquilo que mais necessita ser mudado – o homem. A oração não traz Deus até nós, mas eleva-nos até Ele. É através da oração que podemos nos tornar dignos perante Deus.

III.    O Que Fazer Para Ter as Orações Atendidas?
1.    Seria bom lermos a história do fariseu e do publicano (Luc. 18:10-14). Ela nos ajuda a compreender que a sinceridade de propósito significa muito para Deus. Observemos esses oito pontos:
a)    Reconheçamos nossa necessidade de Deus. (ler Mat. 5:6). Devemos reconhecer nossa necessidade, tal como ocorreu com o publicano.

b)    Reconheça que Deus é seu indispensável ajudador. (Ler Tia. 1:17).

c)    Ore com fé: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá literalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando” (Tia. 1:5 e 6). Leia também os versos 7 e 8 e Heb. 11:6.
d)    Confesse e abandone todos os seus pecados. (Prov. 28:13). Confessar e deixar. A obediência deve ser a norma de nossa vida. Ela é o fruto da verdadeira fé.

e)    Ore conforme a vontade de Deus. (Ler Mat. 26:39). Se Jesus orou “Seja feita a Tua vontade”, quanto mais nós.

f)     Seja perseverante com Deus. Em Luc. 18:1-8, lemos a história da viúva importuna, que pediu até conseguir o que desejava.

g)    Ore em nome de Jesus. (Ler João 14:13).
Orar em nome de Jesus é orar na mente e espírito de Jesus, crer em Suas promessas, confiar em Sua graça e praticar Suas obras.

h)    Ouça, além de falar. “Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza, e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa” (Heb. 2:1).
Espere que Deus lhe fale ao coração. Muitas vezes será desta maneira que você terá a resposta de suas petições.

Conclusão                
1.    Por que somos aconselhados a orar agora de uma maneira especial?
a)    Estamos vivendo nos últimos dias, e Jesus voltará muito em breve. Disse Pedro: “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações”. (I Pedro 4:7).

b)    Se quisermos ser vitoriosos, devemos cultivar o hábito de orar todos os dias, e orar sempre. De manhã, ao meio-dia e à noite devemos elevar nossa alma a Deus. (ler Luc. 21:34 e 36).

Revista do Ancião, out–dez, 2003

Oferecido pelo Depto de Comunicações de UCB

Luís Carlos Fonseca

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