quinta-feira, 2 de junho de 2011

ESBOÇO DE SERMÃO: A Estratégia do Grande Evangelista



                                     Introdução

   A figura de Cristo como Operador de milagres, Mestre por excelência e Narrador de parábolas é muito conhecida, mas Sua performance como evangelista não é tão divulgada.

2.    Às margens do Mar da Galiléia, uma multidão se une aos apóstolos em torno de Cristo, que passa a ensiná-la. O que aconteceria ali seria a maior série de conferências jamais vista. Diferente do que muitos pensam, o “Sermão da Montanha” foi uma série com aproximadamente 49 sermões, sumarizados por Mateus em seu livro.

3.    Após apresentar as conferências (Mat. 5-7), Cristo Se preocupa com o que as pessoas fariam com a mensagem. Ele sabe que Suas palavras são sementes de vida; e sementes não são um fim em si mesmas, elas carregam o princípio germinativo que as projetará para além de suas próprias fronteiras, ou seja, para o fruto. Ele ajuda as pessoas a pensarem da causa para o efeito.

I.       Conduzindo à Decisão


1.    Como bom evangelista, Cristo espera reação positiva de Seus ouvintes, mas também respeita a liberdade de escolha de cada um. Suas declarações implicam um posicionamento, uma decisão por parte do ouvinte. Cada ouvinte, queira ou não, acaba tomando uma direção, como Ele próprio deixou claro em Mateus 7:24-27: “Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha; ... e todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.”

2.    Na comparação entre os dois construtores há apenas um elemento variável: “a base”. Um edifica sobre a areia, enquanto o outro edifica sobre a rocha. Aquele que ouve a Palavra de Deus e a pratica tem como base a rocha; aquele que ouve a palavra e não permite mudanças positivas em sua vida tem como base a areia.

3.    Há um momento em que as duas construções são idênticas.

4.    Porém, essa aparente identificação entre ambas não perdura. A chuva, a enchente e os eventos formam o elemento crítico.
a)    Enquanto o elemento crítico não surge, ambas as casas parecem ser idênticas.

b)    Somente com a crise foi possível evidenciar a única diferença entre as duas casas: a base.

c)    Uma permanece intacta, enquanto a outra se desfaz em completa ruína.

II.      Considerando a Construção
1.    Em cima, no local da rocha, não havia tijolos, areia nem madeira. Esses elementos estavam embaixo, perto do rio.

2.    No ambiente da areia, estavam os tijolos, a própria areia, a madeira e a água.

3.    Aquele que construiu sobre a rocha teve que transpor todos os elementos necessários para a edificação da casa, menos um: a base.
4.    O que construiu sobre a areia tinha à sua disposição todos os elementos necessários para a edificação, menos um: a base.

III.    Expondo a Diferença Entre Ruína e Sucesso.
1.    No momento crítico, um simples detalhe causou toda a diferença entre a ruína e o sucesso: a base.

2.    A base foi o único elemento não transportável da construção.

3.    Em última instância, todos construímos de modo parecido a própria vida.

4.    Olhando simplesmente para a aparência dos seres humanos, observamos que todas as vidas são construídas com os mesmos ingredientes: alimento, água, leitura de livros, trabalho, etc.

5.    Assim como na arquitetura não é o estilo da fachada, a textura das paredes ou os móveis, o ponto estrutural, mas aquilo que o olho humano não pode ver – a base; também na construção da vida, o campo variável é apenas um: a base sobre a qual cada pessoa executa seu projeto de vida.

6.    Cristo afirma que a resposta que Seus ouvintes derem à Suas palavras definirá em que base edificarão a própria existência.

Conclusão
1.    As palavras de Cristo abalaram o coração de cada pessoa ali presente. Diante do Mestre dos evangelistas, o povo deve ter indagado a si mesmo; “E agora? O que farei? Se decidir abrir o coração para a palavra do Salvador, Ela produzirá os frutos do reino de Deus em mim; mas, se eu fechá-lo, minha alma ficará vazia e por fim arruinada para sempre, como aquela casa sobre a areia.”
2.    E você amigo? O que você fará com as palavras de Cristo? E com todas as bênçãos que Ele tem reservado para você? Gostaria de construir sua vida sobre a rocha firme da verdade?

3.    Construir no vale sempre foi a grande tentação humana. É mais fácil, mais rápido e, certamente, mais sociável. Entretanto, é nos vales que se encontram as multidões desesperadas. Suas vidas apresentam rachaduras comprometedoras. E, por não pensarem nos moldes da “causa para o efeito”, se enganam com a lógica do “custo-benefício”.

4.    Agora construir sobre a rocha é o maravilhoso conselho de Deus. É aplicar seu tesouro naquilo que olho humano algum pode ver. É mais difícil, mais demorado e, com certeza, contrário às concepções humanas.

5.    Você terá que carregar seus tijolos rocha acima (a cruz de cada dia). Terá que escavar um solo muito duro para fixar suas colunas, mas estará tranquilo quando a tempestade chegar.

6.    Permita que o Santo Espírito de Deus tome frente na construção de sua vida. Tome decisões sábias a cada dia e lembre-se: A Palavra de Deus precisa ser ouvida e, sobretudo obedecida.

7.    Deus o abençoe em sua decisão!

Noabe de Almeida e Silva - Revista do Ancião de Out – Dez 2006. Dpto Comunicações da UCB

Luís Carlos Fonseca 


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