quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESBOÇO DE SERMÃO - Todos Somos Sacerdotes.


Uma Nação de Sacerdotes
I Pedro 2:9 e 10


Introdução
   1.       O ministério de Pedro foi dedicado especialmente aos cristãos judeus (Gál. 2:8), mas ele não faz acepção de pessoas. Pedro foi o primeiro apóstolo a defender a inclusão dos gentios na mensagem do evangelho (Atos 11:17).

   2.       O Assunto de Pedro não é a distinção entre judeus e gentios, mas entre cristãos e não cristãos.
   a)       Nos versos anteriores do texto de hoje, Pedro destaca que Jesus é a pedra viva (2:4-8), e também diz que os cristãos são pedras na edificação de uma casa espiritual (2:3). Então, chega ao centro do tema de hoje.

b)       Em contraste com os não crentes, os crentes têm um chamado sublime.

I.          Privilégio cristão
1.       Eles são um “povo escolhido”.
a)       Ele está se referindo ao novo Israel, não ao antigo. Os cristãos são “um povo escolhido”.

b)       “Povo” tem o sentido de gente nascida de descendência comum e que vive em comunidade.

c)       Espiritualmente falando, a igreja tem uma vida em comum, pois a vida de Cristo é compartilhada por todos. E têm descendência comum, pois participam do novo nascimento, sendo filhos de Deus.

2.       O povo de Israel já havia sido escolhido (Isa. 43:10), mas perdeu seus privilégios pela desobediência e dureza de coração. Agora Deus concedeu os privilégios e as responsabilidades da nação judaica à comunidade cristã.
a)       Verso 10: “Antes vocês não eram povo...”
b)       Assim, as fronteiras do povo de Deus se abrem, incluindo pessoas de todas as origens.

II.        Dignidade cristã
1.     Os cristãos são um “sacerdócio real” e uma “casa real”.
a)       “E nos constituiu reino e sacerdotes para servir a Seu Deus e Pai” (Apoc. 1:6).

2.     Êxodo 19:6 fala de um reino de sacerdotes: “Vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.”

3.     Os cristãos são “uma casa real”.
a)       Em Heb. 4:14 e 16: Jesus Cristo é mostrado como sumo sacerdote que é entronizado. Ele é Rei Sacerdote.

b)       Como sacerdotes, os cristãos têm acesso direto a Deus com a intermediação de Jesus e são responsáveis pela condução de outros a Ele.

c)       Na celebração final de Apocalipse, por ter comprado os homens de cada tribo e língua e povo e nação, o Cordeiro é louvado com um cântico que diz: “Tu os constituístes reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a Terra” (Apoc. 5:10).

4.     Qual era a função do sacerdote? “Sacerdote era uma pessoa devidamente autorizada a ministrar nas coisas sagradas como mediador entre o homem e Deus, e a oferecer sacrifícios pelos pecados dos homens” – SDA Bible Dicionary.
5.     Qual é a função dos cristãos como sacerdotes? Temos dupla função: oferecer louvor a Deus e interceder em oração pelos nossos semelhantes.
a)       Como sacerdotes, podemos entrar no santuário.

III.      Qualidade Cristã
1.       Os cristãos são uma “nação santa”, que ultrapassa sua identidade étnica.
a)       Não somos apenas da casa real para desfrutar o poder. Somos uma nação santa, separada do mundo, de seus vícios e corrupções. Separados para Deus. A ideia fundamental da palavra “separados” é de pureza moral e espiritual; não significa viver reclusos, sem contato com o mundo.

b)       Separados significa termos costumes diferentes, hábitos segundo a vontade de Deus, independente dos hábitos e valores do mundo em que vivemos. Somos separados porque vivemos segundo uma cultura que não é daqui, temos valores que se opõem aos valores da sociedade em que vivemos. Somos cidadãos de um reino melhor, superior. Nossa mente, nossas palavras, nossos hábitos, nossas aspirações, nossos atos devem demonstrar isso.

c)       “O povo de Deus deve distinguir-se como um povo que se dedica inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando honra para si mesmo, e lembrando-se de que por um concerto soleníssimo, se comprometeram a servir ao Senhor, e Ele somente.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 286.

IV.      Exclusividade Cristã
1.       Povo exclusivo de Deus. Literalmente, um povo para aquisição, um povo para a possessão de Deus. Um povo que pertence de fato a Deus, e que demonstra isso por seus atos agradáveis ao Senhor.
a)       I Cron. 6:19 e 20 confirma esse pensamento com outras palavras.

b)       Ele nos resgatou para viver afastados do pecado. “Qualquer pecado que neles houver separa-os de Deus e, de modo especial, desonra-Lhe o nome, pois dá aos inimigos de Sua santa lei ocasião de reprovar Sua causa e Seu povo, o qual Ele chamou “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (I ped.2:9), a afim de que eles anunciem as virtudes d’Aquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz.”  Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 264.

2.       Isaías acrescenta um pensamento a esse conceito. Isa. 43:21: “Ao povo que formei para Mim mesmo a fim de que proclamasse o Meu louvor”.
a)       Somos chamados para glorificar a Deus.

3.       Um povo assim, de sacerdotes, de reis, santo, exclusivo de Deus. “proclama as virtudes dAquele que nos chamou”.

Conclusão
1.       I Ped. 2:10.
a)       Que grande privilégio Deus nos dá! Não somente somos resgatados da morte. Sermos salvos já seria um privilégio sem igual. Mas Deus nos dá muito mais do que pedimos ou imaginamos. Ele nos faz ascender à categoria de povo de propriedade exclusiva de Deus, de sacerdotes, de membros da família real do Céu.

b)       Vivamos à altura desse privilégio. Sejamos esse tipo de cristãos sacerdotes, intercessores.

        
Pr. Lícius Lindquist - Revista do Ancião/Jul – Set 2001 – Oferecido pelo Depto de comunicações da UCB

Luís Carlos Fonseca


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