sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Uma Palavra aos Enlutados


Uma palavra aos enlutados

Deus não projetou o ser humano para morrer. Esta é a razão por que ninguém, em sã consciência, aceita a morte com naturalidade. Nem mesmo a morte de alguém em estado terminal, bastante idoso ou de pessoas desconhecidas deixa de ser muito dolorosa.

O que é o luto? Luto é a tristeza, emocional e espiritual, oriunda das perdas de pessoas queridas por falecimento.


 Qual é a duração do luto? Até algum tempo atrás o luto era um processo um tanto quanto padronizado, existiam várias fases com uma certa duração de tempo de cada uma, hoje o conceito mudou e sabe-se que o luto não pode ser encaixado dentro de padrões globais aplicáveis para todas as pessoas da mesma forma, ou seja; cada pessoa tem o seu ritmo. Somos “indivíduos” e devemos ser tratados como tal, uns experimentam emoções intensas logo nos primeiros dias e outros sofrem lentamente por um tempo maior, sem um ápice bem definido, algumas pessoas superam este período mais rápido do que outras, há quem fique apenas um curto período em luto, enquanto outros casos podem se arrastar até por anos. Segundo a psicóloga Cláudia Morais os estados emocionais variam entre “negação, a tristeza, a raiva, a confusão, o desespero e até a culpa“.

Quais são as perdas mais dolorosas?

Filho - Por mais que este tema pareça estranho, é bom salientar que, como diz o adágio popular: "Um filho foi feito para sepultar os pais e nunca os pais para sepultarem os filhos." Pais que perderam filhos dizem que sofrem uma dor quase insuportável, inexplicável e de difícil aceitação.

Cônjuges - Outra perda muito dolorosa é a perda de um cônjuge. Além do rompimento de laços, sonhos, projetos, história em comum; na morte de um cônjuge acontece o inverso do casamento. Biblicamente, no casamento marido e mulher se tornam uma só carne. Com o falecimento de um dos cônjuges é como se houvesse uma amputação. Geralmente a amputação é feita por um instrumento cortante. Isso quer dizer que o processo fere, sangra e causa muitas dores. Quem sofre a amputação tem de reaprender a viver sem a parte amputada. É um processo que exige paciência e determinação.

Pais e irmãos - Não podemos deixar de mencionar a perda de uma mãe ou de um pai para uma criança. É um momento muito difícil, desde o momento de comunicar o ocorrido, até o acompanhamento familiar, espiritual e, se for o caso, de um profissional, tendo em visto ao impacto causado na vida da criança. É normal um período de regressão de hábitos nas crianças, assim como a criança procurar chamar a atenção, chamando toda atenção para si e exigindo tudo que lhe der vontade. Cabe ao pai ou a mãe sobrevivente o equilíbrio e paciência para não deixar de dar atenção para a criança, nem de mimá-la de tal forma a prejudicar a sua formação.

Amigo, conhecidos e vizinhos – Cabe-nos estar disponíveis para auxiliar um amigo que perdeu o seu ente querido. Mesmo em sofrimento, pela perda, podemos ajudar na orientação da família enlutada.

Qual é a solução?  - O grande amor de Deus fez com que, pela Sua graça, Jesus pudesse confrontar o pecado e a morte. O Apóstolo Paulo pergunta: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” E a resposta é dada em seguida: “Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”. I Cor. 15:55 - 57. Para os crentes em Cristo Jesus, que vivem na perspectiva da fé, a morte, além de ser um sono, é um grande paradoxo. Pois, se por um lado significa a separação temporária dos amigos e entes queridos, por outro, não deixa de ser uma promoção para estar eternamente ao lado de Cristo Jesus e dos queridos já falecidos. Apesar da perspectiva de fé, a ausência de um ente querido, através da morte, deixa uma tremenda lacuna na vida daqueles que ficam. Esta lacuna só pode ser preenchida com a presença do nosso Consolador, o Espírito Santo, que atua, dentre muitas maneiras, através de pessoas amigas, a  família e do fator tempo.
Jesus deixou-nos esta esperança: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” João 11:25-26.

Que o Divino Espírito Santo esteja contigo nos momentos de dor.

Luís Carlos Fonseca

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