quarta-feira, 6 de maio de 2015

ESBOÇO DE SERMÃO: Alcançando os Vizinhos

Alcançando os Vizinhos

Introdução - Ler Atos 28:1-15

1. Paulo viajava num navio com outros 275 presos com destino à Roma. O apóstolo seria julgado por César. Após longa viagem, um tufão seguido por tempestade causou um naufrágio, mas todos sobreviveram. Era o inverno de 60 ou 61 d.C. e chegaram à praia de Malta.

2. Malta: ilha ao Sul da Itália. Fora dominada por Roma em 218 a.C. Até hoje, nessa ilha (um país independente) existe a chamada Baía de São Paulo, onde tradicionalmente se acredita ter ocorrido o naufrágio.

3. Paulo e os prisioneiros permaneceram em Malta por 3 meses, até o fim do inverno. Ali, encontraram os moradores da ilha, dos quais não esperavam coisa boa. Mas, naqueles três meses, tanto Paulo quanto os malteses passaram a ter um relacionamento amistoso.

I. Enxergando a comunidade com o olhar de Cristo

1. Ler Atos 28:1-6.

2. Assim como os malteses e os náufragos do relato bíblico, a humanidade está dividida.

a) O texto bíblico transmite um quadro de isolamento: uma ilha distante, um povo de outra língua, pessoas suspeitas chegando. Era um encontro de estranhos.
b) Da mesma forma, a humanidade está dividida. Às vezes, não conhecemos nem nosso vizinho. A vida moderna nos distancia ainda mais uns dos outros.
c) De alguma forma, evitamos o contato com as pessoas, nos fechamos para elas, e elas se fecham para nós. Assim também fechamos a porta para que outras pessoas conheçam a Deus.

3. A tragédia une as pessoas.

a) Apesar de os náufragos serem estranhos, os habitantes da ilha, “bárbaros” (nome dado às pessoas que não falavam o idioma oficial do Império), os ajudaram.
b) Em muitos lugares, em razão de catástrofes, as comunidades têm se unido em busca de alternativas que ajudem às pessoas.

4. Na verdade, as pessoas estão mais receptivas a algum contato do que imaginamos.

5. Assim como em Malta, hoje a sociedade está receptiva ao nosso contato. Vivemos uma abertura religiosa e cultural.

a) As pessoas da comunidade praticam ações bondosas e têm censo de justiça (Rm 2:14). Conhecem a Deus, mas não conhecem toda a verdade sobre Deus.
 b) É o amor de Deus que age por meio delas.

6. Os integrantes da comunidade precisam ser vistos como irmãos.

a) Dificilmente são inimigos. Na verdade, nossos inimigos não são de carne e osso (Ef 6:12).
b)  Precisamos ver as pessoas de maneira diferente: não com o olhar da indiferença ou da descrença, mas com o olhar de Cristo. É enxergar no vizinho um futuro cristão. É ver uma igreja onde ela ainda não existe.

II. Precisamos ser vistos como o povo da esperança

1. Ler Atos 28:7-10.

2. A presença de Cristo em nós nos torna:

a) Pessoas que querem ajudar. Paulo protegeu a vida dos presos e até os ajudou a recolher gravetos para a fogueira (ver At 28:3). Pequenos atos de bondade cativam as pessoas. “É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra jamais ficará sem frutos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 144).
 b) Pessoas vivem milagres. No texto bíblico, há três fatos extraordinários: um grave naufrágio sem mortes; Paulo tendo sido picado por uma víbora, não morre; a cura do pai do prefeito e dos doentes da comunidade (ver At 27:41-44; 28:8, 9). Há um poder sobrenatural que nos acompanha. Milagres tem acontecido entre nós, mas nossa ênfase está na Palavra.
 c) Ilustração: Alguém perguntou para uma jovem adventista: Por que não expulsam demônios na sua igreja? A moça respondeu: “porque eles não entram lá.”

3. Por meio do cristão fiel, Deus realiza milagres na vida das pessoas.
a) A narrativa do texto bíblico traz outros milagres: soldados não matam os prisioneiros; prisioneiros não se rebelam; o povo desperta para a fé.
4. Mas, o maior milagre ocorre quando uma pessoa aceita Cristo como seu Salvador.

5. Precisamos ser representantes de Cristo para que a comunidade nos veja a partir de outra perspectiva.
a) Como embaixadores (2 Co 5:20).
 b) Indo até as pessoas, nos misturando com elas e rompendo os preconceitos.
 c) Levando Cristo a elas pelo que fazemos e falamos.

Conclusão

1. Sua igreja ‘faz parte’ do bairro em que está, ou parece distante do povo? A comunidade consegue enxergar Jesus em sua igreja ou vê apenas mais uma “placa”?

2. Você conversa com seus vizinhos? Acredita que eles podem ser salvos? Por outro lado, seus vizinhos vêem em sua vida um convite à salvação?

3. Jesus nos chama a contemplar as pessoas da comunidade com Seu olhar. Também nos chama a mostrar em nossa vida quem Ele é.

Autor. Diogo Cavalcante : Revista do Ancião Jan – Mar / 2014 - oferecido por Departamento de Comunicação da Associação Paulista Sudoeste

Luís Carlos Fonseca

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