quarta-feira, 24 de junho de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (3º trimestre 2015) – A MISSIONÁRIA IMPROVÁVEL



COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 (3º trimestre 2015) – A MISSIONÁRIA IMPROVÁVEL

VERSO ÁUREO: “E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.” Lucas 4:27

INTRODUÇÃO (sábado 11 de julho) – A lição desta semana vai discorrer sobre a menina cativa; aquela garota judia que foi levada como serva à casa do Naamã, o general siro que era leproso e a cura de Naamã. Em II Reis 5:1-14 encontramos parte desta história. Israel era o povo representante de Deus na terra, e através daquela nação o Senhor era glorificado através de alguns jovens. O Senhor colocou judeus em muitos lugares, até mesmo em lugares ruins, porque precisava de Suas testemunhas em cada lugar. José foi cativo no Egito, Daniel em Babilônia e aquela menina na Síria, e deram um bom testemunho do reino de Cristo.

Não sabemos o nome da menina, mas conhecemos o seu testemunho. Embora cativa, ela não se deixou azedar por causa da sua triste sorte. O oficial Naamã foi ao encontro de Eliseu e encontrou a cura desejada. Assim como aquela menina, precisamos ajudar muitas pessoas a encontrarem o Senhor para que sejam salvas. Ainda que sejamos desconhecidos em alguns lugares, precisamos ser eficientes no lugar que estivermos. O testemunho do servo de Deus é composto pelo exemplo de vida e por palavras. Nossa vida está sendo observada pelas pessoas e necessitamos fazer jus ao nome de cristãos que recebemos. Esta é nossa principal mensagem. Aquela menina falou e suas palavras receberam crédito. Entendemos que sua vida foi exemplar. A menina não tinha riqueza material, mas era fiel ao Senhor. O mau testemunho tem sido prejudicial para o reino de Deus. Muitas pessoas, que se dizem servos de Deus, estão vivendo de modo contrário à Palavra de Deus, tornando-se motivo de escândalo para o evangelho. Deus nos chamou e nos capacita para vivermos de acordo com a Sua palavra. Veja estes textos: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.” Efésios 4:1

“Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.” Filipenses 1:27.

“Uma escrava distante do lar, esta pequena jovem era, não obstante, uma das testemunhas de Deus, cumprindo inconscientemente o propósito pelo qual Deus havia escolhido Israel como Seu povo. Enquanto servia nesse lar pagão, suas simpatias foram despertadas em favor de seu amo.” Profetas e Reis, 244.

“Ben-Hadade, rei da Síria, havia derrotado os exércitos de Israel na batalha em que resultou a morte de Acabe. Desde esse tempo os sírios tinham mantido contra Israel uma constante guerrilha; e numa de suas incursões, levaram prisioneira uma menina que, na terra do seu cativeiro, “ficou ao serviço da mulher de Naamã”. Uma escrava distante do lar, esta pequena jovem era não obstante uma das testemunhas de Deus, cumprindo inconscientemente o propósito pelo qual Deus havia escolhido Israel como Seu povo. Enquanto servia nesse lar pagão, suas simpatias foram despertadas em favor de seu amo; e, lembrando os maravilhosos milagres de cura operados por Eliseu, ela disse a sua senhora: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra”. Ela sabia que o poder do Céu estava com Eliseu, e cria que por este poder Naamã seria curado. Profetas e Reis, 125.

DOMINGO (12 de julho) ELE TINHA TUDO…MAS ERA LEPROSO - Em II Reis capítulos 5 e 6 temos o relato completo da história da menina cativa e da cura do general Naamã. O rei da Síria tinha uma grande admiração pelo chefe do seu exército. Naamã tinha conduzido as suas tropas a muitas e gloriosas vitórias. Por isso era considerado um grande herói e muito respeitado. No entanto, havia um lado negativo…. era leproso. Eis o texto: “E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso.” II Reis 5:1.

Nos tempos do Antigo Testamento e nos dias de Jesus a lepra era uma doença terrível e incurável. Quando era confirmada a doença os leprosos judeus eram privados do convívio das outras pessoas e ficavam em um lugar isolado. O Novo Testamento nos mostra a situação dos leprosos, a sua vida em cavernas afastadas das pessoas. Se porventura um deles tivesse de andar ao encontro das pessoas, tinham que tocar um sino, para se auto anunciar e determinar a distância. Isto queria dizer que estava passando um imundo, um contaminado pela lepra. A situação do leproso era humilhante, visto que a lepra era considerada no Judaísmo um estado de grande impureza, sua situação não tinha solução. Em caso de um leproso tornar-se curado, ele teria que ir até o templo de Jerusalém e apresentar-se ao sacerdote que o examinava e o liberava para conviver com qualquer pessoa. Mas este não era o caso de Naamã, pois ele era pagão e não cumpria nada do que os judeus faziam. Imagine a angústia da menina cativa judia que tinha que viver com o general Naamã em sua casa e correr o risco de ser contaminada!

As tropas da Síria tinham invadido, certa vez, a terra de Israel; e entre os cativos que levaram, encontrava-se uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Um dia a menina disse à sua senhora: “Bem, gostaria que o meu senhor fosse ver o profeta, em Samaria. Havia de curá-lo da lepra!”. Naamã contou ao rei o que a menina havia dito:“Sim, vai lá ver esse profeta”, disse-lhe o rei. “Escreverei uma carta de credencial para apresentar ao rei de Israel.” Naamã partiu, levando consigo seiscentos quilos de prata, seis mil moedas de ouro e dez mudas de roupas. A carta para o rei de Israel dizia assim: “O homem que é portador desta carta é o meu súdito Naamã; o que eu pretendo é que trates da sua cura da lepra”. Quando o rei de Israel leu a carta, rasgou a roupa que trazia vestida e disse: “Este homem manda-me um leproso para que eu o cure! Sou eu Deus, para poder dar vida ou matar? O que ele está é a arranjar uma desculpa para nos invadir de novo.” Mas quando o profeta Eliseu soube do aperto em que o rei se encontrava, mandou-lhe uma mensagem: “Porque é que estás tão preocupado? Manda Naamã vir ter comigo; ele ficará a saber que há um verdadeiro profeta de Deus aqui, na terra de Israel.” Naamã chegou com os seus carros e cavalos à frente da casa de Eliseu. Este mandou-lhe um mensageiro que lhe dissesse para ir lavar-se sete vezes no rio Jordão, e que ficaria sarado de qualquer vestígio de lepra!

A lição de hoje traz alguns exemplos de pessoas que foram a Jesus para serem curadas. Em Marcos 1:40-45 menciona a cura do leproso. Em Lucas 8:41-56 traz o exemplo de Jairo que pediu para Jesus curar sua filha, e depois de morta Jesus a ressuscitou. Em Marcos 2:1-12 menciona a cura do paralítico que foi levado à Jesus através do telhado. Podemos notar que nestes três casos as pessoas envolvidas buscaram Jesus em atitude de adoração e profunda humildade, reconhecendo a divindade de Cristo. Jesus levou cura e vida aos doentes e enlutados. A cura da lepra realizada por Jesus demonstra seu poder divino, mas também tem um caráter de libertação da exclusão social, causado pelo sistema religioso daquele tempo.

Assim como Naamã e os outros leprosos; no sentido espiritual, também temos a lepra do pecado que está impregnada em nós: Veja estes textos: “Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo.” Isaías 1:5 e 6

“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está escrito:Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só.” Romanos 3:9-12

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

Nos exemplos de hoje vemos as pessoas buscando Jesus para a cura e libertação, a nossa única saída é deixar Jesus agir, viver em nós e transformar a nossa vida. Temos feito isso ou procuramos governar a nossa vida da nossa maneira?

SEGUNDA-FEIRA (13 de julho) UMA TESTEMUNHA IMPROVÁVELÉ curioso como a menina escrava não  deixou-se abater por ser uma escrava e ter que viver longe de casa. Provavelmente os seus pais tenham morrido na guerra, mas mesmo assim não se deixou azedar pelo espírito da crítica e do desânimo A menina da história tinha tudo para não ser uma testemunha do Deus de Israel, mas enalteceu o nome de Deus em terra pagã! No momento que Deus precisou dela, para mostrar a possibilidade de cura através do profeta Eliseu, lá estava ela para o indicar. Outro ponto a ser destacado é que ela inspirou confiança na casa de Naamã, e este procurou ajuda conforme indicação de sua pequena serva. A escravidão pagã, tal como existia no tempos bíblicos, era relativamente desconhecida para os judeus. Os romanos, por exemplo, faziam cativos os que eram tomados em guerra, havia também escravos comprados. Seu cativeiro era perpétuo, e o comandante exercia total controle da pessoa e da vida dos seus escravos. Em algumas culturas, os escravos eram comparados aos animais e suas opiniões não valiam para nada. No caso em estudo a serva foi ouvida porque era fiel a Deus e Deus serviu-Se da menina para evangelizar.

Veja o texto de hoje: “E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu Senhor, e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso. E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.” II Reis 5:1-7.

Analisando a nossa vida, éramos escravos do pecado e sem autoridade sobre as coisas de Deus. Alguns nem sequer conheciam Deus. Éramos as pessoas mais improváveis para sermos portadores e comunicadores do evangelho de Cristo, mas Jesus nos tirou das trevas e nos conduziu à Sua maravilhosa luz. Uma vez libertados pelo poder de Cristo passamos de testemunhas improváveis à testemunhas com voz ativa e com autoridade, como foi a menina na casa de Naamã. A menina era livre para testemunhar! Veja este texto: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8:31-36.

Veja o que a educação cristã fez em favor da menina cativa: “A conduta da menina cativa, a maneira como se comportou neste lar pagão, é um forte testemunho do poder dos primeiros ensinamentos do lar. Não há mais alto encargo do que o confiado aos pais e mães no cuidado e educação de seus filhos. Os pais têm que tratar com os próprios fundamentos de hábito e caráter. Por seu exemplo e ensino é o futuro de seus filhos em grande medida decidido. Felizes são os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da divindade, de maneira que as promessas e ordens de Deus despertem na criança gratidão e reverência; os pais cuja ternura e justiça e longanimidade interpretam para a criança o amor e a justiça e a longanimidade de Deus; que ensinam a criança a amá-los e obedecer-lhes, estão ensinando-as a amar ao Pai do Céu, a obedecer-Lhe e nele confiar. Os pais que repartem com o filho tal dom o estão dotando com um tesouro mais precioso que as riquezas de todos os séculos — um tesouro tão perdurável como a eternidade. Profetas e Reis, 125

TERÇA-FEIRA (14 de julho) ELISEU, O PROFETA – Os livros de I e II Reis não citam o nome do seu autor. A tradição menciona que foram escritos pelo profeta Jeremias. Os livros de Reis foram escritos entre os anos 560 e 540 AC. II Reis é uma continuação do livro de I Reis. Ele continua a história dos reis durante o reino dividido, Israel e Judá. O Livro de II Reis termina com a derrota final e deportação do povo de Israel e Judá para Assíria e Babilônia, respectivamente.

Quem foi Eliseu? O que sabemos da biografia de Eliseu está em I Reis 19:16-21. Ele era filho de Safate, vivia em Abel-Meola e era agricultor. Após a sua ordenação ao ministério profético, feita por Elias, Eliseu exerceu um ministério muito poderoso e alguns dos milagres de Eliseu prenunciaram os do próprio Jesus. Em II Reis menciona a dotação do Espírito Santo na vida de Eliseu e o arrebatamento de Elias. A partir daí, Eliseu exerceu o seu ministério cheio de poder e bênçãos de Deus.

Quais foram os milagres que Eliseu realizou? Em II Reis 2:14 ele bateu na água do Jordão e elas se abriram para ele passar. Em II Reis 2:19 ele purificou as águas de uma fonte, que eram ruins. Em II Reis 2:23-25 vemos algumas crianças zombando de Eliseu, chamando-o de careca. Então Eliseu lhes amaldiçoou e uma ursa despedaçou 40 deles. Em II Reis 3:16 em diante vemos, graças às palavras de Eliseu, outro prodígio acontecer: apareceu na terra água para matar a sede do povo de Israel. Em II Reis 4 vemos o o profeta Eliseu multiplicando o óleo e a farinha de uma viúva que estava em dificuldades; depois orou e uma mulher estéril teve um filho. Este mesmo filho morreu e foi ressuscitado pelo profeta. Nos versículos 38-41 Eliseu criou um antídoto à uma sopa envenenada. Nos versos 42-44 acontece uma multiplicação dos pães realizada por Eliseu. Em II Reis 5 temos a narração do milagre mais conhecido de Eliseu, pois é lembrado por Jesus em Lucas 4:27, que é o verso áureo da lição. Trata-se da cura de Naamã, chefe do exército do rei, que sofria de lepra. Em II Reis 6:1-7 menciona como Eliseu encontrou facilmente um machado caído nas águas do Jordão, o machado flutuou. Depois deste episódio, menciona como o profeta capturou com facilidade um grupo de soldados arameus. Em II Reis 7 mostra como a cidade de Samaria ficou livre da ocupação inimiga, graças às palavras eficazes de Eliseu. E, finalmente, em II Reis 13 é contado o último milagre de Eliseu, realizado depois da sua morte. Certo defunto foi jogado no túmulo de Eliseu, e quanto o defunto tocou em seus ossos o tal homem ressuscitou. Eliseu exerceu um poderosos ministério!

Veja este comentário inspirado: “Deve-se mostrar respeito para com os representantes de Deus; pastores, professores, pais, os quais são chamados para falarem e agirem em Seu lugar. No respeito que lhes é manifestado, Deus é honrado. A cortesia, também, é uma das graças do Espírito, e deve ser cultivada por todos. Ela tem poder para abrandar as naturezas que sem ela se desenvolveriam desgraciosas e rudes. Os que professam ser seguidores de Cristo, e são ao mesmo tempo ríspidos, desamáveis e descorteses, não têm aprendido de Jesus. Sua sinceridade pode não ser passível de dúvida, sua retidão pode ser indiscutível; mas sinceridade e retidão não se harmonizam com falta de bondade e de cortesia. O espírito de bondade que habilitou Eliseu a exercer uma poderosa influência sobre a vida de muitos em Israel, é revelado na história de sua fraternal relação com a família de Suném”. Profetas e Reis, 121

QUARTA-FEIRA (15 de julho) A CURA DE NAAMÃ – Depois que Naamã encontrou o profeta Eliseu, este disse-lhe: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne será restaurada, e ficará limpo” II Rs 5:10.

Naamã ficou muito chateado e teve o seu orgulho ferido com a ordem de Eliseu para mergulhar no Jordão, mas obedeceu e foi curado. Veja este texto: “Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação. Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado. Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado.” II Reis 5:11-14

O relato acima nos fala do orgulho de Naamã e do agir de Deus através de coisas simples e quotidianas. Contrariando a ideia de abatimento, isolamento e discriminações causados pela doença, Naamã era líder de um exército com trânsito livre no palácio e grande influência diante do rei da Síria. Imagine alguém com insensibilidade em quase toda a pele, sendo reconhecidamente um guerreiro. Esses indícios revelam um Naamã que não media esforços para vencer suas limitações. Diz a Bíblia que Naamã era: “Um homem valoroso diante do seu senhor”. II Rs 5:1. Suas vestes facilmente se apegavam à carne ferida, deixando as marcas de sangue e de outros inconvenientes. A vida diária de Naamã dependia de cuidados e sacrifícios. A nobre roupa do capitão Naamã, era manchada diariamente. Por fora se via um elegante traje, mas por dentro havia desconforto e ferimentos. O Jordão era um rio de águas barrentas e desprezado por quem queria mergulhar e ficar limpo. Mas foi nesse rio que Deus ordenou que Naamã, capitão do exército do rei da Síria mergulhasse.

Imagine a alegria de Naamã! Quantas lições aprendemos com a história daquele homem! Uma lição é de humildade! Ter que banhar-se em um rio sujo. Como crentes, podemos ser vistos com pecadores, mas nosso coração deve pertencer inteiramente a Cristo, sem sombra de dúvidas. Nosso chefe, patrão, empregados, amigos e familiares, ainda que sejam descrentes, podemos e devemos ser testemunhas eficazes como foi a serva de Naamã. Nossa conduta não pode e nem deve ser corrompida pelos infiéis, antes pelo contrário, oremos para que eles sejam conduzidos a Cristo através do nosso testemunho. Na cura de Naamã encontramos certeza e esperança de que Deus trabalha diariamente para dar o melhor a cada um de nós. O Deus que realizou todas as maravilhas na vida de Naamã, nunca mudou e para Ele não existe impossibilidades. Deus pode realizar milagres em nossa vida!
Naamã mergulhou sete vezes no Jordão e foi completamente curado! Em seguida, voltou até Eliseu para agradecer. O novo Naamã foi grato e humilde! A história de Naamã faz-me lembrar a história dos dez leprosos que foram curados por Cristo, mas que apenas um, também estrangeiro, voltou para agradecer-lhe: “A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galileia.Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: "Jesus, Mestre, tem piedade de nós!" Ao vê-los, ele disse: "Vão mostrar-se aos sacerdotes". Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: "Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?" Então ele lhe disse: "Levante-se e vá; a sua fé o salvou". Lucas 17:11-19

E nós, estamos voltando para agradecer a Deus pela provisão diária, pelos livramentos e bênçãos recebidas? Naamã ainda pediu permissão a Eliseu para levar um pouco de terra de Israel, ele estava acostumado a acompanhar o rei nos cultos e sacrifícios a Rinom, deus da chuva e do trovão, e estava determinado a não mais fazer aquilo! Ele converteu-se ao Deus de Israel, Criador dos céus e da terra.

QUINTA-FEIRA (16 de julho) – UM NOVO CRENTE/CRISTÃOVeja a declaração de conversão de Naamã: “Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva, e chegando, pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que aceites uma bênção do teu servo.” II Reis 5:15.

Eliseu recusou aceitar qualquer recompensas de Naamã pela cura realizada, mas Geazi trapaceou para ficar com alguns presentes da comitiva de Naamã e foi acometido de lepra. Ver II Reis 5: 20-27.

Por que Naamã levou 4 sacos de terra de Israel para a Síria? Para colocar num cantinho de sua casa e sobre aquela pequena porção da terra de Israel, adorar o Deus verdadeiro. É um pouco estranho, mas foi sua forma simples de expressar, a partir daquele momento, a sua adoração ao verdadeiro Deus de Israel e que nunca mais iria adorar ou oferecer sacrifícios a deuses pagãos. Naamã ganhou juízo quando decidiu adorar apenas o Deus invisível! Tem muita gente sem juízo por aí adorando estátuas e ídolos que não sabem de nada! Ver o Salmo 115

Tão logo Naamã declarou que nunca mais iria adorar ou oferecer sacrifícios a outros deuses, senão ao Deus verdadeiro, ele lembrou que o seu senhor, o rei da Síria, quando entrava no templo do deus Rimom, gostava de se apoiar na sua mão, e Naamã, por respeito ao seu senhor e no cumprimento de seus deveres de empregado, também tinha que se encurvar diante da estátua daquele falso deus. Ele declarou a Eliseu: “Nisto perdoe o Senhor ao teu servo: Quando meu amo entrar na casa de Rimom para ali adorar, e ele se apoiar na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto perdoe o Senhor ao teu servo. Eliseu lhe disse: Vai em paz”. II Reis 5: 18. Temos que cuidar para não sermos juízes das intenções dos outros! Por um pouco de tempo Naamã acompanhou o rei ao templo pagão, mas apenas em cumprimento de suas funções profissionais.

Agora ele sabia que adorar ídolos mudos era errado e pediu perdão a Deus de forma antecipada! Aquele foi seu primeiro conflito espiritual; sua primeira reavaliação de seus atos e estilo de vida. Esta é a marca mais legítima daqueles que tem uma experiência real e transformadora com Deus: uma total e completa reavaliação de todas as suas atitudes, de toda a sua filosofia de vida e de todas as suas crenças e posturas!

Veja como deve ser a postura do crente convertido: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. II Cor 5:17.

“Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” Colossenses 3:5-10

Naamã voltou para casa, curado, e também transformado. Você já foi transformado pelo evangelho?

SEXTA-FEIRA (17 de julho) COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3: A MISSIONÁRIA IMPROVÁVEL
Menina cativa: Algumas das mulheres missionárias da Bíblia não são identificadas pelo nome. Foram suas ações que as identificaram. A menina cativa é uma dessas mulheres. Os sírios capturaram uma menina judia. A maioria das pessoas capturadas era obrigada a trabalhar nos campos. Porém, essa menina foi escolhida para trabalhar na casa de Naamã, o capitão da guarda do rei da Síria. Deus tem as Suas maneiras.

“A conduta da menina cativa, a maneira como se comportou neste lar pagão, é um forte testemunho do poder dos primeiros ensinamentos do lar. Não há mais alto encargo do que o confiado aos pais e mães no cuidado e educação de seus filhos.” Profetas e Reis, 125

“Nós não sabemos em que setor nossos filhos poderão ser chamados a servir. Eles podem despender sua vida no círculo do lar; podem empenhar-se nas ocupações comuns da vida, ou ir a terras pagãs como ensinadores do evangelho; mas todos são igualmente chamados como missionários para Deus, ministros de misericórdia para o mundo.” Profetas e Reis, 125

A história da menina cativa é a permanente lembrança de que, pela fé, podemos ser instrumentos de bênçãos ao mundo. A menina não buscou revanche, ela simplesmente confiou em Deus e deixou ser usada. Ela perdoou Naamã e indicou o destino da cura: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra”

Naamã - Como Naamã encontrou a felicidade? a) Ele acreditou na vida de uma serva fiel. b) Ele foi buscar ajuda em Deus. c) Ele se humilhou diante de Deus. d) Ele se converteu ao Deus verdadeiro. e) Ele tornou-se em um adorador ao Deus Criador.

Imagine Naamã despindo sua capa e chapéu, retirando os distintivos e patentes e diante de várias pessoas inferiores a ele, descer às águas sujas do Jordão. Talvez nem tivesse coragem de encarar as pessoas que o observavam. Foi assim que tomou um banho de humildade. Naamã aprendeu que de nada adiantava todo aquele aparato. Nada resolveria a sua maior necessidade. Ele necessitou reconhecer a sua necessidade! Várias situações da vida servem para nos ensinar a sermos mais humildades. Problemas e dificuldades, bem como relacionamentos difíceis, podem ser ferramentas úteis para quebrar o orgulho de muitos crentes. Onde há arrogância não há espaço para receber o milagre de Deus. Você está disposto a tomar um banho de humildade para entrar na nova Jerusalém?

Naamã acostumado à pompa, honrarias e exibição de poder, esperava uma cura grandiosa e convencional, mas ficou triste pela recepção fria e pela atitude de indiferença do profeta. Eliseu não enviou senão uma receita para o tratamento: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne será restaurada, e ficará limpo” II Rs 5:10. O ego de Naamã despertou-lhe o patriotismo e ele argumentou que os rios de Damasco eram melhores. O bom senso e a humildade venceram e ele foi curado.

Assim também acontece conosco! O perdão, a salvação e a vida nova vêm pela graça de Deus, independentemente de riqueza, posição, nacionalidade, e está ao nosso alcance agora. Deus dispensa romarias, caravanas, peregrinações e sacrifícios para nos atender. A salvação está ao nosso alcance aqui e agora e é de graça através da fé.  Deus diz-nos: “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.” Ezequiel 36:25. amém? 


Luís Carlos Fonseca

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