domingo, 16 de agosto de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (3º trimestre 2015) PAULO: ANTECEDENTES E CHAMADO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (3º trimestre 2015) PAULO: ANTECEDENTES E CHAMADO

VERSO ÁUREO: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” Atos 9:15 e 16

INTRODUÇÃO: (sábado 5 de setembro) Para além de Pedro e Filipe, Paulo foi mesmo o apóstolo que exerceu um papel muito sólido na implantação do evangelho aos idólatras gentios. Deus o classificou como: “um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.”

Gentios eram os outros filhos de Deus que não eram descendente da Judéia. Era o povo de Deus que não era judeu. Essa designação foi usada nos evangelhos porque os apóstolos eram judeus e mesmo pertencendo a nova religião; o “Cristianismo” eles usavam o termo “gentio” para designar todos os outros povos e religiões pagãs e idólatras que existiam, para além dos judeus e do Cristianismo que estava surgindo como uma nova religião.

Encontramos vários textos mostrando que Paulo foi o apóstolo dos gentios. Em Atos 13:47 encontramos: “Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até os confins da terra”. Em Atos 22:21 lemos: “Vai, porque hei-de enviar-te aos gentios de longe” Veja este outro texto: “Livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio”. Atos 26:17. Eis outro texto: “Porque convosco falo, gentios, que enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério.” Romanos 11:13.

E o próprio Paulo assumiu que tinha sido enviado aos gentios: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada.. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.” Efésios 3:1,2 e 8

A vida de Paulo pode ser dividida em quatro partes principais:

 1) Do seu nascimento até aos 28 anos Paulo foi um judeu legalista. Ele nasceu em Tarso, região da Cilícia, Ásia Menor; atual Turquia. Paulo era judeu de raça e de religião, da tribo de Benjamim, circuncidado ao oitavo dia. Ver Rom 11:1; Ele era romano de Tarso, cidadão de uma notável cidade da Cilícia. Ver Atos 21:39, era um fariseu no que tocava à Lei, no que tocava ao zelo era perseguidor da Igreja e no que tocava a justiça, era irrepreensível. Ver Fil 3:5-7. Paulo foi, nesta primeira fase, estudante farisaico; rabi perseguidor e aprendeu sobre o Cristianismo. Os pais de Saulo parecem se ter preocupado com a formação religiosa do filho. Por isso, Saulo foi viver em Jerusalém, ver Atos 26:4, onde estavam sua irmã e seu sobrinho. Ver Atos 23:16. Tal mudança deve ter ocorrido por volta dos 13 anos de idade, quando todo judeu deveria se apresentar no templo. 

2) Dos 28 aos 41 anos Paulo converteu-se ao Cristianismo e foi muito dedicado à Missão de Cristo. Ver a sua conversão em Atos capítulo 9. A conversão de Saulo teve lugar por volta dos anos 33 ou 34 d.C.. Ele converteu-se sem a pregação do evangelho por parte de outro homem. Ver Gál. 1:11-12. Afinal, quem pregaria para Saulo? O próprio Ananias teve medo quando Deus lhe enviou a orar por aquele que era conhecido como o grande perseguidor da igreja. Ver Atos 9:13.

3) Dos 41 aos 53 anos Paulo foi o missionário itinerante. Aos 41 anos Paulo tornou-se um missionário e naquele período o imperador era Cláudio, que reinou em 41-54 e depois, Nero reinou de 54 até 67. Estima-se que Paulo tenha viajado em todas as suas missões, 16 mil kms. E naquelas viagens Paulo encontrava pessoas de várias formações culturais e sociais; funcionários do governo, mercadores, peregrinos, enfermos, carteiros, turistas, escravos fugitivos, prisioneiros, atletas, artesãos, mestres, estudantes, etc. As viagens eram muito difíceis. Só as grandes estradas romanas é que possuíam hospedarias a cada 30 km para oferecer segurança aos viajantes, pois disso Paulo falou tanto para os irmãos serem bons anfitriões. Nas cidades em que chegava, Paulo normalmente ia primeiro às sinagogas. Ver Atos 13:13-14, 42-48; 14.1 e 17.1-2. Ainda não havia igrejas ou templos cristãos nesses lugares. Por outro lado, ele ainda honrava os judeus com a primazia no anúncio da fé cristã. Paulo realizou 3 viagens missionárias: A primeira viagem foi entre os anos 47 e 49. Ver Atos 13 e 14. A segunda foi entre os anos 50 e 52. Ver Atos 15:40 a 18:22. A terceira viagem aconteceu entre os anos 53 a 58. Ver Atos 18:23 a 20:38.

4) Dos 53 anos até o fim da vida Paulo foi o prisioneiro que da cadeia recebia visitas, treinava obreiros e organizava igrejas e da cadeia enviou algumas de suas cartas; Filemon, Filipenses, Colossenses e Efésios. Alguns biógrafos de Paulo mencionam que Paulo foi decapitado fora da cidade de Roma. A obra:“ad Aquas Salvias”, menciona que os seus discípulos o enterraram numa propriedade particular as margens da via que leva para Óstia. Essa declaração está de acordo com os escritos inspirados de Ellen White, sobre o fim da vida de Paulo, em seus livros, Atos dos Apóstolos e História da Redenção.  

DOMINGO (domingo 6 de setembro) SAULO DE TARSO – Tarso era uma cidade muito importante na rota comercial entre a Síria e a Ásia Ocidental. Paulo mencionou a importância da cidade: Veja este texto: “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois.” Atos 22:3. Os pais de Saulo eram judeus da dispersão, pertencentes a tribo de Benjamim. Saulo significa, em hebraico “pedido de Deus”. Depois que Saulo converteu-se ao Cristianismo e logo iniciado a missão aos gentios, ele recebeu o nome de Paulo: “Todavia Saulo, que também se chama Paulo…”Atos 13:9.

Paulo, provavelmente tenha tido uma esposa, pois ele era um fariseu, mas não sabemos muito sobre se ele tinha constituído família ou não. O que sabemos é que que ele tinha uma irmã e um sobrinho: “E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.” Atos 23:16. Paulo era cidadão romano e com isso tinha dupla cidadania: “E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.” Atos 22:25,26.

Saulo era um fariseu: os fariseus acreditavam que Deus controlava todas as coisas, mas que decisões tomadas pelas pessoas também contribuíam para o que acontecia no curso de sua vida. A Bíblia menciona que eles acreditavam na ressurreição dos mortos: Eis o texto: “E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; no tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado.” Atos 23:6. Eles aceitavam que existia vida depois da morte, com a devida recompensa e punição de cada pessoa. Eles também acreditavam na existência de anjos e demônios. Eis o texto: “Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.” Atos 23:8. Os fariseus, enxergavam a Palavra escrita como inspirada por Deus. Na época do ministério de Cristo, a Palavra escrita corresponde o que é agora o nosso Antigo Testamento. No entanto, eles também enxergavam a tradição oral com tendo a mesma autoridade da Bíblia. Os fariseus procuravam obedecer rigorosamente estas tradições juntamente com o Antigo Testamento. Os Evangelhos trazem exemplos dos fariseus tratando essas tradições como sendo iguais à Palavra de Deus. Ver Mateus 9:14, 15:1-9, 23:5, 23:16, 23; Marcos 7:1-23 e Lucas 11:42

Não temos dúvidas que os antecedentes de Paulo foram um elemento muito importante no seu trabalho missionário. Depois que Paulo se converteu, ele enalteceu apenas a Palavra de Deus e aplicava as boas tradições e seu rico conhecimento da Bíblia em favor do evangelho. Ao contrário dos fariseus, não devemos tratar tradições como tendo igual autoridade com a Bíblia, e não devemos permitir que o nosso relacionamento com Deus seja reduzido a uma lista legalista de regras e rituais. Não somente Saulo converteu-se ao Cristianismo, mas muitos membros desse grupo, converteram-se a Jesus. Veja este texto: “Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.” Atos 15:5.

Como podemos aproveitar a nossa experiência do passado sem entrar em conflito com os princípios da Palavra de Deus? Como podemos lidar com os conflitos entre as nossas crenças e as tradições negativas?

SEGUNDA-FEIRA (7 de setembro) PAULO, O HOMEM – A lição de hoje pretende mostrar-nos que, a despeito de Paulo ter sido um grande homem nas mãos de Deus, Ele teve as suas fragilidades como homem; primeiro ele perseguiu os cristãos e depois passou por muitas provações e sempre manteve uma atitude humilde em reconhecer as suas limitações. Veja o que os seguintes textos bíblicos ensinam:

Antes de convertido: “E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo-sacerdote.” Atos 9:1

“Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.” Filipenses 3:6

“E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.” Gálatas 1:14. Ver também Atos 9:1e 2 , Atos 7:58, Gálatas 1:13

Depois de convertido: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.” Filipenses 3:8

“Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.” I Coríntios 15:9,10.

“Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” I Timóteo 1:15,16.

Paulo foi grandemente usado por Deus, mas o seu chamado ao ministério nunca foi motivo de orgulho para ele. Paulo era um homem humilde, embora fosse muito culto. Ele era muito tentado, mas dependia de Deus: “Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço”. Romanos 7:19.

Sem dúvida alguma, o maior exemplo de humildade está em Jesus Cristo. Toda a Sua vida; desde que desceu dos céus à terra, seu nascimento, vida simples até a morte na cruz foi para Se humilhar. Enquanto tantas pessoas querem se engrandecer ao ponto de enaltecer-se, o próprio Deus Se humilhou tornando-Se homem para nos ensinar a sermos mais humildes. O apóstolo Paulo testemunhou que aprendeu a ser humilde seguindo o exemplo de Jesus. Ele que se julgava o grande Saulo, tornou-se o pequeno Paulo. Antes da célebre frase “tudo posso naquele que me fortalece”, Filipenses 4:13, Paulo declarou: “tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez”. Filipenses 4:12. A humildade era o segredo do poder na sua vida. Para ser exaltado é preciso primeiro ser humilde: “O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a humildade.” Provérbios 15:33. Leia sobre a humildade de Cristo em Filipenses 2: e veja como Paulo aprendeu com Jesus.

Como seres humanos, que sentimentos temos desenvolvido; de orgulho e onipotência ou de mansidão e humildade?

TERÇA-FEIRA (8 de setembro) DE SAULO PARA PAULO – Saulo. Já vimos na lição de domingo que Saulo nasceu na importante cidade de Tarso. Veja este texto: “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois.” Atos 22:3. Os pais de Saulo eram judeus da dispersão, pertencentes a tribo de Benjamim. Saulo era cidadão romano, judeu e fariseu. Antes da sua conversão Saulo prejudicou muito os cristãos, quando os perseguia e consentia na sua morte. Não havia Saulo colocado homens e mulheres em prisões? Não havia ele forçado os cristãos a blasfemarem o nome de Jesus em cada sinagoga?

Ele era chamado Saulo de Tarso por causa da sua cidade natal, na Cilícia. Ver Atos 21:39. Era filho de uma família judaica e da Tribo de Benjamim. Ver Rom 11.1 e Filip. 3:5. Era fariseu de nascimento, filho de fariseus, ver Atos 23:6, era “irrepreensível na justiça da lei” Filip 3:6. Seu pai era cidadão de Tarso, ver Atos 21:39 e cidadão romano, ver Atos 22:28, cidadania que Paulo invocava quando lhe era preciso, como relatado em Atos 22:24-30. Saulo foi Instruído aos pés de Gamaliel. Ver Atos 22:3, culto e de formação rabínica. Saulo não podia entender e aceitar que Jesus seria o Messias anunciado na lei. ele considerava Cristo como a maior de todas as blasfêmias contra Deus; vindo daí o seu ódio e a implacável perseguição que impunha aos cristãos. No apedrejamento e morte de Estevão, diz-nos o texto: “As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo ”. Atos 7:58. Lá estava ele, ainda jovem, perseguindo e comandando a execução dos cristãos. Em Atos 8:3, encontramos que Saulo “assolava as igrejas, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere”. Ele podia fazer isso, por causa da sua dupla cidadania. Pelo poder religioso do jovem fariseu, e pelo poder policial do cidadão romano. Saulo significa, em hebraico “pedido de Deus”. Depois que Saulo converteu-se ao cristianismo e ter logo iniciado a missão aos gentios, ele recebeu o nome de Paulo: “Todavia Saulo, que também se chama Paulo…”Atos 13:9. O próprio Jesus interveio para que Saulo se convertesse e contribuísse como missionário!

Paulo. Foi lá na estrada de Damasco que aconteceu o mais importante encontro da sua vida. O encontro que mudou o seu nome, a sua vida, o seu presente e futuro. Em Atos 9:3 e 4 encontramos: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor e, caindo por terra ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? ” No verso 5 encontramos a pergunta: “quem és tu, Senhor? ”, e a resposta:“ Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. No verso 6 Deus disse-lhe: “E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.” Atos 9:6

Saulo, antes, orgulhoso e presunçoso, dava as ordens. Mas agora, Deus lhe mostrou que convinha que fosse humilde. Ele precisou ficar cego para poder enxergar Jesus Cristo. Assim como Saulo foi transformado em Paulo, nós também, quando temos o encontro com Cristo, Ele nos transforma. 
Saulo ficou cego por 3 dias e ficou sem comer. O Senhor derrubou e o Senhor levantou. Caiu o homem Saulo e levantou o homem Paulo. Saulo caiu para morrer e Paulo levantou-se para nascer através do Batismo cristão. Essa é a necessidade mais urgente após a conversão. Paulo estava há três dias de jejum e em oração. Com certeza ele tinha fome, mas a primeira coisa que fez ao levantar-se, não foi buscar um prato de comida: foi ser batizado, porque a pessoa convertida tem fome do alimento espiritual. E ele não perdeu tempo. Foi batizado por Ananias, ali mesmo, na casa de Judas, na cidade de Damasco: “E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.” Atos 9:18

A sua conversão foi pacífica ou tumultuada como a de Saulo? Você, que ainda não aceitou Jesus e não é batizado, espera uma conversão natural ou precisa cair do cavado e ficar cego como Saulo, para aceitar Cristo? Você se considera; Saulo ou Paulo?

QUARTA-FEIRA (9 de setembro) PAULO NO CAMPO MISSIONÁRIO – Paulo, logo que se converteu ao Cristianismo saiu para pregar. Aliás, essa é a reação natural do filho de Deus convertido. Veja este texto: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário. Assim que vem a conhecer o Salvador, deseja pôr os outros em contato com Ele. A santificadora verdade não pode ficar encerrada em seu coração. Aquele que bebe da água viva torna-se uma fonte de vida.” A Ciência do Bom Viver, 31. Paulo, além de pregar próximo de Jerusalém, realizou a sua principal missão fora das fronteiras de Israel, através das conhecidas três viagens missionárias na Ásia Menor e Europa; o mundo daquela época. Mas paulo realizou mesmo 4 viagens missionárias.

Quais foram as quatro viagens missionárias de Paulo? Em três viagens missionárias, cada uma com vários anos de duração, Paulo partilhou as boas novas de Jesus em muitas cidades costeiras e cidades na rota comercial. Aqui está um breve resumo destas viagens missionárias e acrescento a quarta, pois, mesmo quando feito prisioneiro anunciou Jesus.

A) A primeira viagem missionária está relatada em Atos capítulos 13 e 14 e começou em 46 e terminou em 48 d.C. Paulo levou consigo Barnabé e Marcos, que partiram da igreja em Antioquia para o mundo. Paulo usava o método de pregar nas sinagogas que existiam pelo caminho. Mas quando muitos judeus rejeitaram Jesus Cristo, os missionários reconheceram o chamado de Deus para testemunhar aos gentios. Aqueles que rejeitaram a mensagem de salvação tentaram impedir Paulo de pregar e ainda o perseguiam. Em uma cidade ele foi apedrejado e quase morto. Mas Deus o poupou. Através de testes, espancamentos e prisões, ele continuou pregando sobre Cristo crucificado. Fizeram um campanha de evangelismo em Chipre, que era a terra natal de Barnabé. Ver Atos 4:36. Em Salamina, anunciaram a Palavra de Deus nas sinagogas. Ver Atos 13:4,5. Depois, atravessaram a ilha até o outro extremo dela, chegando a Pafos. Ver 13:6-12, onde o apóstolo dos gentios pregou para o procônsul Sérgio Paulo e enfrentou Elimas, o mágico, que se opôs à pregação do Evangelho. Mas a mensagem divina triunfou e o encantador ficou cego por um determinado tempo. Depois, Paulo deixou a ilha e seguiu para o continente, passando por Perge, cidade da Panfilia. Marcos se assombrou com a hostilidade daquela sociedade pagã e voltou para a casa de sua mãe, em Jerusalém. Ver Atos 13:13,14 e 12:12. Na sinagoga de Antioquia da Pisídia, o apóstolo dos gentios pregou aos judeus. Expulso de Antioquia da Pisídia, Paulo foi para Icônio. Ver Atos 13:50 e 14:1-5. Fundaram igrejas em Listra e Derbe. A cura de um coxo, ver atos 14:8-10, chamou a atenção das multidões, onde Paulo aproveitou para anunciar a Palavra de Deus. Os judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio atacaram Paulo, e ele foi arrastado da cidade, quase morto. Ver Atos 14:19. Entre sua primeira e segunda viagens missionárias, Paulo participou do Concílio em Jerusalém para discutir o caminho da salvação. O consenso final foi que os gentios poderiam receber Jesus sem se submeterem às tradições judaicas e que deviam abandonar algumas coisas do paganismo. Ver Atos 15:1-35

B) A segunda viagem missionária está relatada em Atos 15:36-18:22. Ele pediu a Barnabé que se juntasse a ele para visitar as igrejas de sua primeira viagem missionária. Um desacordo, no entanto, causou sua separação. Deus transformou aquela disputa em algo positivo, pois agora havia duas equipes missionárias. Barnabé e Marcos foram para Chipre e Paulo e Silas foram à Ásia Menor. Paulo e Silas levaram o evangelho para a Europa. Eles trabalharam em Trôade e Neápolis, Antiga Tróia da Ilíada de Homero. Nessa cidade, Paulo teve aquela visão em que alguém lhe dizia: "Passa à Macedônia e ajuda-nos!" Atos 16:9. Nessa localidade, Lucas se juntou à comitiva, ver Atos16:10. Navegaram para Neápolis, durante dois dias de viagem, e chegaram a Filipos. Em Filipos, a equipe missionária foi espancada e presa. Eles evangelizaram Tessalônica e Beréia. Tessalônica era a principal cidade da Macedônia. Sua população era constituída de gregos, romanos e judeus. Como de costume, o apóstolo procurou uma sinagoga, para iniciar seu trabalho. Paulo só ficou três semanas nessa localidade, por causa da perseguição. Ver Atos 17:2 e 5. De lá, partiram para Beréia. Ver Atos 17:10. Os bereanos foram mais receptivos que os de Tessalônica. Perseguido, Paulo navegou para Atenas, o centro cultural do mundo grego. Lá, pregou para os filósofos estóicos e epicureus, duas escolas filosóficas muito famosas nos dias do apóstolo, e fundou uma igreja, como resultado dessa pregação, mas com um grupo muito pequeno. De Atenas, partiu para Corinto. Ver Atos 18:1. Corinto era a capital da Grécia, naqueles dias, com uma população de, aproximadamente, 500 mil habitantes. Paulo permaneceu ali durante um ano e meio, onde ensinou a Palavra de Deus. Ver Atos 18:11. Ali ele viveu na casa de Áquila e Priscila, judeus do Ponto e expulso de Roma, por determinação de Cláudio .

C) A terceira viagem missionária está relatada em Atos 18:23-20:38. Durante a última viagem de Paulo, ele pregou na Ásia Menor. Deus confirmou a sua mensagem com milagres. Em Atos 20:7-12 fala de Paulo em Trôade pregando um sermão excepcionalmente longo. Um jovem sentado em cima de uma janela adormeceu e caiu da janela. Paulo ressuscitou Eutico. Por terem sido envolvidos com o oculto, os novos crentes em Éfeso queimaram seus livros mágicos. Os fabricantes de ídolos, por outro lado, não estavam satisfeitos com a queda em suas vendas por causa desse "Deus verdadeiro" e de "Seu Filho". Um artesão que trabalhava com prata, chamado Demétrio, iniciou um tumulto por toda a cidade em nome da sua deusa Diana. Testes e dificuldades sempre seguiram Paulo. A perseguição e oposição, na verdade, fortificaram os cristãos verdadeiros e a propagação do Evangelho. No final da última viagem missionária de Paulo, ele sabia que ia ser preso em breve e provavelmente morto. Suas palavras finais para a Igreja em Éfeso exibem sua devoção a Cristo: "E, tendo eles chegado, disse-lhes: Vós bem sabeis de que modo me tenho portado entre vós sempre, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com lágrimas e provações que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa, testificando, tanto a judeus como a gregos, o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. Agora, eis que eu, constrangido no meu espírito, vou a Jerusalém, não sabendo o que ali acontecerá, senão o que o Espírito Santo me testifica, de cidade em cidade, dizendo que me esperam prisões e tribulações, mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” Atos 20:18-24).

D) Paulo realizou a quarta viagem missionária, pois foi preso em Jerusalém, no templo. Ver Atos 21:27. Depois foi enviado para Cesaréia, onde se apresentou diante de Félix. Ver Atos 23:23 e 24:1-27, Festo e Agripa. Ver Atos 25:22-26-32. Depois Paulo viajou para Roma na condição de preso. Foi uma viagem muito difícil. Era inverno, e o navio naufragou em Malta, onde esteve três meses. Até que chegou à capital do império em 62 d.C. e depois foi morto. Deus utilizou o ministério de Paulo para levar o Evangelho aos gentios e estabelecer a igreja cristã. Suas cartas para as igrejas, registradas no Novo Testamento, ainda sustentam a vida e doutrina da igreja. Embora ele tenha sacrificado tudo, as viagens missionárias de Paulo valeram a pena. Ver Filipenses 3:7-11.

Sem fazer comparações com Paulo, o que você tem feito para anunciar o evangelho de Cristo?

QUINTA-FEIRA (10 de setembro) MISSÃO E MULTICULTURALISMO - Paulo não possuía os recursos de que dispomos hoje, e fez muito mais do que todos nós. Ele andava, na maioria das vezes; a pé, a cavalo ou em velhas embarcações marítimas, dormia em situações difíceis e alimentava-se com alguma dificuldade.  Em todas as viagens que empreendeu, Paulo defrontou-se com muitas perseguições. Uma vez, foi apedrejado até o considerarem morto. Em Filipos, apesar de ser um cidadão romano, foi despido e apanhou publicamente. No entanto, em vez de reclamar, na prisão daquela localidade, glorificou a Deus e ganhou o carcereiro para Jesus. Paulo, por tudo o que sofreu, durante o exercício do seu ministério como apóstolo dos gentios, tornou-se o modelo para todos nós.

Paulo desenvolveu o multiculturalismo. Multiculturalismo é a existência de várias culturas no mesmo país, cidade ou região. O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista. É bom lembrarmos que a maioria dos países do mundo desenvolvem o  Monoculturalismo. Para os gregos, todos os outros povos que não eram gregos eram “bárbaros” e para os judeus, todos os não judeus eram “gentios”

A lição de hoje mostra um episódio interessante relatado em Gálatas 2:1-17, onde Pedro teve dificuldades de perceber que o Cristianismo é uma religião multiculturalista e Paulo necessitou chamar a sua atenção de forma pouco convencional. A repreensão de Paulo, de forma pública, foi a maneira encontrada por Paulo para Pedro poder entender. Se eu estivesse na situação de Paulo, diria as mesmas palavras à Pedro, mas de forma particular. A despeito da visão do lençol com animais em Atos 10, Pedro precisou de aprender ainda mais que o evangelho é para toda a gente, e não da maneira dos judeus, mas da maneira de Cristo. A questão principal da lição de hoje está em mostrar que os gentios podiam converter-se diretamente ao Cristianismo, sem terem que se tornar judeus primeiro, para somente depois se tornarem cristãos. Percebeu?

Entendendo o contexto: Pedro tinha entendido perfeitamente a visão de Atos 10 e praticava o evangelho para com os gentios, ele gostava muito de pregar para os gentios. Pedro, convencionalmente, ficou responsável por cuidar dos cristãos vindos do judaísmo e Paulo, dos cristãos vindos do paganismo, os gentios. No Concílio de Jerusalém, relatado em Atos 15, ficou decidido que os judeus convertidos ao Cristianismo podiam ser circuncidados, se desejassem, e que os gentios convertidos ao Cristianismo não necessitavam ser circuncidados. Quando Pedro chegou a Antioquia, ele comia com os cristãos gentios. Seus antigos escrúpulos judaicos haviam sido vencidos. A Bíblia dá entender que Pedro tinha o costume regular de tomar as refeições com os gentios. J. B. Phillips diz: "Pedro tinha o hábito de se sentar à mesa com os gentios". Pedro não se considerava, de forma alguma, desonrado ou contaminado pelo contato com os cristãos gentios incircuncisos, como antigamente. Em vez disso, ele os convidava para comer com ele, e comia com eles. Pedro, que era um cristão judeu, desfrutava a fraternidade dos crentes de Antioquia, que eram cristãos ex-gentios. Certo dia veio de Jerusalém à Antioquia um grupo de crentes convertidos do judaísmo. Era um grupo escrupuloso vindo dos fariseus. Ver Atos 15:5 e vinham "da parte de Tiago" Gál. 2:12. Eles se apresentaram como delegados apostólicos. Ao chegarem à Antioquia começaram a pregar: "Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos". Atos 15:1. Evidentemente foram até mais longe do que isso, ensinando que era impróprio que crentes judeus circuncidados participassem da mesma mesa com os crentes gentios incircuncisos, ainda que estes últimos cressem em Jesus e fossem batizados. Incrível não é? Na verdade Tiago pediu que fossem para ajudar na missão, mas não para fazerem essa distinção. Afinal eram membros da mesma igreja que se rejeitavam.

Quando Pedro e Barnabé viram os cristãos de origem judaica chegando eles se afastaram da mesa de onde estavam como que com vergonha de estarem comendo com os cristãos que tinham vindo do paganismo. Por que então ele se afastou da comunhão com os crentes ex-gentios? Paulo nos conta. Ele "veio a apartar-se, temendo os da circuncisão" Gál 2:12. "E também os demais judeus dissimularam com ele, ao ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles" v. 13. A palavra grega para "dissimulação" é "hipocrisia", que significa "fingir". Era o que estavam fazendo. Eles "fingiram". A repreensão de Paulo foi muito séria, mas foi necessária! É que Pedro e os outros agiram com falta de sinceridade, não por convicção pessoal. Seu afastamento da mesa dos crentes gentios foi por medo covarde de um pequeno grupo de fanáticos. Na verdade, Pedro fez em Antioquia exatamente o que Paulo se recusou a fazer em Jerusalém, isto é; ceder diante da pressão. O mesmo Pedro que negou o seu Senhor com medo de uma criada, O negou agora com medo do partido da circuncisão.

Paulo defendeu a salvação pela fé e graça e não pelas obras da circuncisão. São as boas novas de que nós, os pecadores, culpados e sob o julgamento de Deus, podemos ser perdoados e aceitos por Sua plena graça, pelo Seu favor livre e imerecido, com base na morte do Seu Filho e não através de quaisquer obras ou méritos nossos. Mais resumidamente, a verdade do evangelho é a doutrina da justificação, tão somente pela graça, através da fé, o que Paulo ensinou: Veja este texto: “Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma.” Gálatas 2:15-17.

Que cuidados devemos tomar para não impormos aos outros rudimentos e cargas humanas em vez de deixamos o sangue de Cristo nos purificar? Este episódio nos ensina que devemos considerar as pessoas de todas as tribos e línguas iguais diante de Deus e que também devemos nos opor àqueles que negam o evangelho de Cristo. Quando existem problemas pequenos entre nós devemos ser o mais flexível possível. Mas quando princípios do evangelho estiverem em jogo, devemos permanecer firmes do lado da Palavra de Deus. Graças a Deus por Paulo que enfrentou Pedro face a face, por Atanásio que enfrentou o mundo inteiro quando o Cristianismo abraçou a heresia ariana, e por Lutero que se atreveu a desafiar até mesmo o papado. Onde estão os homens com coragem nos dias de hoje?

SEXTA-FEIRA (11 de setembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 11 – PAULO: ANTECEDENTES E CHAMADO – Saulo era um fariseu, mas depois da sua conversão transformou-se em um grande missionário.

Quem eram os fariseus? Eles Buscavam ser honrados pelos homens. Jesus condenou os fariseus por seu interesse em impressionar os outros. Veja Mateus 23:5-12; Marcos 12:38-40 e Lucas 16:15; 20:46-47. Eles tinham aperfeiçoado diversas técnicas de chamar a atenção para si, como usar roupas especiais para fazê-los parecer mais religiosos, orar e jejuar de modos muito visíveis. Ver Mateus 6:1-18, e disputar pelas posições mais elevadas, tanto na sinagoga como no mercado. Eles insistiam em que os outros lhes dessem títulos especiais de respeito, quando os saudassem, porque queriam ser notados e admirados. Os fariseus viviam hipocritamente. Eles eram falsos e pretendiam ser alguém que não eram. Eles limpavam minuciosamente os objetos como copos, pratos e jarros, mas negligenciavam a justiça interior. Ver Mateus 23:23-33. Eles demonstravam hipocrisia, dando o dízimo de cada pequena erva enquanto ignoravam totalmente os princípios mais importantes da vida espiritual. Jesus comparou-os com alguém que coava um mosquito, mas engolia um camelo. Os fariseus eram cegos espirituais. Jesus expôs a cegueira de sua geração. Veja Mateus 13:13-15. Apesar de examinarem as Escrituras diligentemente, os fariseus deixavam de ver o que elas estavam indicando. João 5:39-40. Eles não perceberam a chegada de Cristo. Eles eram preconceituosos, permitindo que seus desejos velassem o que as Escrituras ensinavam. Seu orgulho impedia-os de se humilharem o suficiente para permitirem que o Senhor abrisse seus olhos. Ver João 7:45-52; 9:24-34. Eles deturpavam as palavras que Jesus dizia e negavam os Seus milagres. Mateus 12:22-24. Os fariseus rejeitavam o propósito de Deus. Veja este texto: "Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; mas os fariseus e os intérpretes da lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele" Lucas 7:29-30. Os fariseus rejeitaram Deus, recusando-se a serem batizados por João. Os fariseus amavam o dinheiro - Os fariseus eram cobiçosos, ver Lucas 16:14. Jesus os acusou de roubalheira, ver Mateus 23:25 e de devorar as casas das viúvas, ver Marcos 12:40 e Lucas 20:47. É difícil saber exatamente como eles "devoravam" as casas das viúvas; talvez persuadindo-as a fazer grandes doações. Certamente, pessoas de má fé no meio religioso hoje em dia têm explorado os pobres e idosos forçando-os a fazerem doações além de suas condições. Alguns até ridicularizam as doações e garantem bênçãos financeiras do Senhor em troca de enormes ofertas. Não é de admirar que Jesus advertisse: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno”.  

A morte de Paulo: “Durante o julgamento final de Paulo perante Nero, o imperador ficou tão profundamente impressionado com a força das palavras do apóstolo, que protelou a decisão do caso, não absolvendo nem condenando o acusado servo de Deus. Mas logo voltou a maldade do imperador contra Paulo. Exasperado pela sua incapacidade de sustar a propagação da religião cristã, mesmo na casa imperial, decidiu que, apenas se encontrasse um pretexto plausível, o apóstolo seria morto. Não muito depois, Nero pronunciou a decisão que condenava Paulo à morte de mártir. Se bem que um cidadão romano não pudesse ser submetido à tortura, foi ele condenado a ser decapitado. Paulo foi levado reservadamente ao lugar da execução. A poucos espectadores se permitiu estar presentes; pois seus perseguidores, alarmados com a extensão da sua influência, temiam que fossem ganhos conversos para o cristianismo por meio das cenas de sua morte. Mas, até os soldados empedernidos que o acompanhavam, ouviram suas palavras, e com espanto o viram animado e mesmo alegre à vista da morte. Para alguns que testemunharam seu martírio, o espírito de perdão que manifestou para com seus assassinos, e sua inabalável confiança em Cristo até o último momento, mostraram ser um cheiro de vida para vida. Muitos aceitaram o Salvador que Paulo pregava, e sem demora selaram destemidamente com o sangue a sua fé.” Atos dos Apóstolos, 286

Será que alguns cristãos agem como os fariseus? Os homens não mudam muito. Deus não muda nunca. Ele se opõe aos modernos fariseus da mesma maneira que se opunha aos antigos. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas. Os hipócritas religiosos de nossos dias cumprem seus deveres religiosos externos perfeitamente, mas permitem que pecados como orgulho, inveja e ódio floresçam por dentro. Ver Mateus 23:15. Paulo deixou de ser um fariseu e tornou-se em um grande missionário. E nós, o que fazer? Basta, agora, descruzarmos os braços, orarmos, buscarmos a direção divina e realizarmos a obra que o Senhor Jesus nos confiou, como Paulo fez. Amém?


Luís Carlos Fonseca

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