quarta-feira, 16 de março de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (2º trimestre de 2016) INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 2 (2º trimestre de 2016) INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO

VERSO ÁUREO: “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Mateus 4:19

INTRODUÇÃO (sábado 2 de abril) – Jesus começou o Seu ministério com 30 anos de idade. Depois do Seu batismo, Jesus selou a Sua Missão e deu início a proclamação do Reino de Deus. É por essa razão que os evangelistas não se importaram em escrever coisas sobre a infância e juventude de Jesus. Os evangelhos se preocupam em anunciar o reino de Deus.

Após o batismo, Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado. Jesus ficou 40 dias no deserto em plena comunhão com o Pai para estar habilitado ao Seu ministério. Veja que Deus não tenta ninguém: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Tiago 1:12,13.

Deus nos prova com dificuldades, mas nos capacita com o Espírito Santo para sairmos vencedores. Jesus estava ciente de que qualquer caminho que seguisse em Seu ministério, que negasse o Pai, toda a Sua missão estaria perdida. Esse foi um dos motivos pelo qual Ele venceu o diabo, nesta e em outras tantas oportunidades nas quais foi tentado. E, nós podemos ter vitória também sobre a tentação. Se o mundo jaz no Maligno, ver I João 5:19, lembre-se que maior é o que está em nós do que o que está no mundo: “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.” I João 4:4

Depois que Jesus voltou do deserto da tentação e João Batista foi preso, Ele podia iniciar Seu ministério público em Israel. João Batista pregava no deserto da Judeia, perto de Jerusalém; o que levava os habitantes da cidade a saírem ao encontro de João para serem batizados por ele, no rio Jordão. Ver João 1:5. A região da Judeia era de renome em Israel e Jerusalém era o principal centro religioso. Quando Jesus voltou do deserto, Ele não foi para Jerusalém, mas escolheu a Galileia como destino inicial de Seu ministério.

A pregação de Jesus era acerca do Reino de Deus, que envolve arrependimento e crença no Deus Criador e no evangelho. O Reino de Deus é o lugar onde a Divindade exerce o Seu governo e autoridade. O arrependimento é uma escolha, uma decisão que se passa em nossa mente, já; o crer é diferente. Para crer devemos fazer em nossos corações, ver Romanos 10:9 e crer significa crer em Cristo e aceitar as Suas doutrinas, ver Atos 16:31. Por sua vez, crer em Jesus significa aceitá-lo como Salvador e permanecermos unidos a Ele. Ver João 3:15

Antes de Jesus iniciar o Seu ministério ele escolheu doze homens para primeiro treiná-los e somente depois enviá-los à seara espiritual. Os doze discípulos formaram o primeiro grupo de missionários cristãos. Depois deles vieram muitos outros. Jesus escolheu líderes para exercer influência para a vida eterna. Seriam líderes que outros continuariam o seu trabalho. Portanto, a influência deles deveria ser no sentido da mudança do caráter das pessoas. Esses líderes deveriam exercer influência pelo ensino e pelo exemplo de vida.

Por que Jesus escolheu discípulos com pouca cultura acadêmica? Apesar de não serem todos pobres, os apóstolos não eram pessoas “estudadas”. É possível que Mateus e Judas Iscariotes tivesse um pouco mais de estudo. Foi Jesus quem escolheu Seus apóstolos. Ele dizia: “Eu te glorifico, ó Pai, porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos”. Nestas palavras podemos entender que Sua escolha por pessoas simples foi de propósito. Jesus teve uma preocupação enorme em educar Seus discípulos para que estes entendessem a mensagem e os ensinamentos da salvação que trazia. Foram anos viajando juntos, convivendo juntos. A comunidade que se formou em volta do Mestre se tornou sólida e resistiu mesmo depois de sua morte. Se Ele tivesse escolhido os doutores da lei daquele tempo, o trabalho para os qualificar seria muito maior. Ele teria que transformar homens cheios de si, com conhecimentos em grande parte errados, orgulhosos e prepotentes, em verdadeiros servos de Deus. Escolhendo aqueles homens humildes e simples a obra de talhá-los foi mais fácil.

Como os seguintes textos nos ajudam a compreender porque Jesus escolheu pessoas comuns e não letradas e poderosas? “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.” Sofonias 2:3

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mateus 11:29

“Eis que eu sou contra ti, ó soberbo, diz o Senhor Deus dos Exércitos; porque veio o teu dia, o tempo em que te hei-de castigar.” Jeremias 50:31

Pense nisso: Ninguém é insubstituível. Quando desaparecermos alguém ocupará o nosso lugar. Jesus deixou atrás de Si os Seus discípulos. A quem estamos a dar formação para contribuir com a conclusão da obra?

DOMINGO (3 de abril) JOÃO BATISTA E A “VERDADE PRESENTE” – A lição de hoje menciona o ministério de João Batista que preparou o caminho para Jesus, e a mensagem principal dele era o arrependimento, e essa mensagem continua atual. Eis o texto: “E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” Mateus 3:1-3

João proclamava o arrependimento para o perdão dos pecados, v 3 e esta mensagem era pregada com muito poder e de uma maneira peculiar de João e diferente dos mestres daqueles dias e as pessoas comuns se aglomeravam para ouvi-la. Elas eram instruídas a produzir frutos dignos de arrependimento. Muitos eram os pecados das pessoas e Deus pedia que as pessoas deixassem de praticar os pecados e se voltassem para Ele, pois Ele é o Criador.

A entrada de João em cena, proclamando esta mensagem, era o cumprimento de Isaías 40:3-5. Ver Mateus 3:3; Marcos 1:2-3 e Lucas 3:4-6. Era costume daquela época se fazerem grandes preparativos quando um rei visitava uma região. Percorriam-se grandes extensões para nivelar as estradas e tornar o percurso do rei o mais fácil possível. É bom lembrarmos também que João Batista foi confundido com Elias por ter um discurso e maneira de vestir e viver parecidos.

Entre as pessoas que saíam para serem batizadas havia muitos fariseus e saduceus, ver Mat. 3:7. João os confrontou ao chamá-los de “raça de víboras.” Ver Mat 3:7 e Luc. 3:7. João os ordenou a demonstrar sua sinceridade de coração ao produzirem frutos dignos de arrependimento. Aqueles judeus estavam consumidos do orgulho religioso por sua etnia, com Abraão como seu ancestral; então, ele imediatamente se reporta a isso. Ver er Mat 3:9. Ter Abraão como pai não é o suficiente para agradar a Deus. A etnia não é o suficiente como foi demonstrado com Ismael e Esaú. Ver Romanos 9: 8-13.

Hoje, os filhos de Deus são convidados por Cristo à pregar a “verdade presente”. Qual é a verdade presente? Resume-se em duas palavras; arrependimento e obediência. Jesus Cristo usou uma parábola para mostrar que alguns ouvem a verdade, mas não conseguem entender as palavras do evangelho do Senhor. Veja este texto: “A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.” Mat. 13:19. 

A Palavra é como uma faca de dois gumes bem afiados. Ela corta e fere, apesar de que, na maioria das vezes, ela é um bálsamo para nossos corações. Existe muita gente que não gosta de ouvir verdades. Só se interessam em ouvir mensagens e revelações de coisas boas. No entanto, gosto sempre de afirmar que Deus é amor, mas também é justiça e, principalmente verdade!

Na igreja apostólica, a decisão pela obediência à vontade de Deus, recebeu da parte do inimigo e de seus instrumentos os mais hediondos atos de crueldade. Estevão, bem como outros discípulos, pagaram com a vida o preço da lealdade e obediência. O verdadeiro filho de Deus deixa ser guiado em toda a verdade: Falando sobre a missão do Espírito Santo, na liderança da vida de todos os que aceitam a Jesus, encontramos este texto: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” João 16:13.

Há, pelo menos 4 verdades presentes contidas na bíblia, que são esquecidas ou adulteradas por muitas religiões: 1) Salvação e intercessão somente através de Jesus Cristo. A Bíblia Sagrada é clara em mencionar que Jesus é o único que pode perdoar pecados, mediar entre o ser humano e Deus e receber homenagens espirituais. Aqui está a mensagem de arrependimento. 2) Não existe e não existirá um inferno a arder eternamente. A Bíblia Sagrada menciona sobre o juízo final quando os salvos e os perdidos receberão as suas recompensas, mas a Palavra de Deus não diz que haverá um fogo devorador que nunca se apagará onde os perdidos estarão a arder eternamente. A Bíblia menciona sim que haverá um momento em que os perdidos serão destruídos com fogo. Dizer que os perdidos morrerão queimados é uma coisa, e dizer que ficarão ardendo eternamente é outra coisa muito diferente. 3) A inconsciência na morte - A que a Bíblia compara a morte? Jesus comparou a morte ao sono. No estado do sono ninguém se lembra de nada. Assim aquele que morre não vai nem para o céu e nem para o fogo imediatamente. Ficam a aguardar a ressurreição, e de forma inconsciente. Se estivessem em algum desses lugares, dispensaria a ressurreição, pois já estariam a viver a recompensa. Jesus voltará para dar a recompensa para os salvos e aos perdidos. 4) O Sábado Bíblico. A Bíblia faz diferença entre os sábados cerimoniais e o sábado do 4º mandamento da lei de Deus. O sábado do mandamento continua em vigor!

Você tem vivido e pregado a "verdade presente" como João Batista?

SEGUNDA-FEIRA (4 de abril) O CONTRASTE NO DESERTOEste é o texto chave para o estudo de hoje: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” Mateus 4:1. Antes da Sua encarnação, Jesus sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade, ver João 17:5. Ele é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis. Ver Col. 1:16. Ele sempre foi adorado pelos anjos nas cortes celestiais. E agora no deserto Jesus inverteu a posição com Satanás. Lúcifer, quando no céu, tinha íntimo relacionamento com Cristo mas, devido o seu pecado, ele foi lançado na terra e no deserto as posições ficam invertidas. Satanás era o príncipe temporário deste mundo, e Jesus sendo humilhado com as tentações.

Nós também somos tentados como Jesus o foi e quando o Espírito nos leva para o deserto, Ele tem como objetivo nos fortalecer. É no sofrimento que desenvolvemos nossa dependência de Deus. Quando Deus permite as provações e tentações, Ele tem dois propósitos: ou nos fortalecer pela dependência de Deus e assim crescer; ou percebermos que somos impotentes para vencermos sozinhos, podemos não ter cometido nenhum pecado, mas estávamos em pecado por estarmos longe de Deus. E assim, definitivamente perdidos! Por outro lado, não devemos procurar a tentação. Pedro procurou a tentação e falhou vergonhosamente, assim como muitos outros.

As tentações sempre vieram a Jesus como pensamentos inicialmente coerentes. Ao ficar quarenta dias sem comer, provavelmente já tinha desmaiado algumas vezes de fome ao ponto de temer pela própria vida. Na primeira tentação, se Jesus tivesse usado o Seu poder divino em proveito próprio para transformar pedras em pães, como poderia ser um exemplo perfeito a nos indicar que também podemos vencer?

Na segunda tentação, seguindo a ordem de Mateus, Satanás levou Jesus para o alto do templo e mostrou-lhe o povo judeu, principalmente os líderes, e insinuou como seria bom para o ministério de Jesus se eles vissem Jesus sendo sustido pelos anjos. Certamente creriam que Ele era um ser divino, com uma mensagem a ser ouvida, se fizesse uma demonstração pública do Seu poder. Veja este texto: "Jesus recusou sair do caminho da obediência. Conquanto manifestasse perfeita confiança em Seu Pai, não se colocaria, sem que Lhe fosse ordenado, em situação que tornasse necessária a interposição do Pai para O salvar da morte. Não forçaria a Providência a vir em Seu socorro, deixando assim de dar ao homem um exemplo de confiança e submissão." O Desejado de Todas as Nações, 124

Na terceira tentação Mateus menciona que Satanás levou Jesus ao um lugar muito alto e mostrou, numa visão panorâmica, todo o mundo com sua glória. Com certeza escondeu as suas misérias. O mundo não era de Satanás para oferecer a Jesus. Satanás roubou a autoridade que Deus tinha dado a Adão para governar a terra, mas esta autoridade estava subordinada a Deus. Certamente Jesus lembrou-Se do que o Senhor tinha dito à Nabucodonosor em Daniel 4:7: "O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer". Do mesmo modo, quando Satanás nos prometer a felicidade, lembremos que ele não tem a felicidade para nos assegurar. Certamente, atrás da propaganda de cigarro tem o câncer; atrás do sexo fácil tem a doenças, gravidez indesejadas e casamentos infelizes.

Jesus não deixou levar-Se pelo impulso da emoção. Jesus preferiu confiar antes na Palavra, e saiu vitorioso. Após usar a Palavra para Se defender da tentação, Jesus pôde expulsar Satanás. Em Tiago 4:7-8 lemos: "Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." O problema de alguns crentes em Cristo é que querem resistir o diabo e expulsá-lo, mas não se submetem a Deus.

De acordo com Filipenses 2:5-8 Jesus experimentou o contraste, Ele esvaziou-Se em nosso favor. Do que Cristo Se esvaziou? Certamente não foi da existência na forma de Deus. Ele continuou sendo o Filho de Deus, mas Cristo renunciou Seu ambiente de glória. Ele pôs de lado sua majestade e glória, por um período para resgatar o ser humano dos seus pecados., ver Jo 17:5, mas permaneceu Deus. Ele jamais deixou de ser o possuidor da natureza divina. Mesmo em Seu estado de humilhação, Ele jamais Se despojou de Sua divindade. Somente “Deus-homem” podia salvar o homem.

TERÇA-FEIRA (5 de abril) A TENTAÇÃOEste é o texto para hoje: “E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4:3-10.

Por que Jesus precisou ser tentado? Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no deserto; "foi levado pelo Espírito ao deserto". Um dos propósitos da tentação de Cristo é assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas, ver Hebreus 4:15, porque Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. Veja este texto: "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.” Hebreus 2:18.  A palavra grega traduzida por tentado aqui significa pôr à prova. Então, quando somos colocados à prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus entende e fica do nosso lado como alguém que sofreu as mesmas provações.

As tentações de Jesus seguem três padrões que são comuns a todos os homens. A 1º tentação fala da  concupiscência da carne, ver Mateus 4:3-4, a qual inclui todos os tipos de desejos físicos. Jesus rebateu esta tentação citando Deuteronômio 8:3. A segunda tentação menciona acerca da soberba da vida, ver Mateus 4:5-7, e aqui o diabo tentou usar uma passagem da Escritura contra Ele, ver Salmo 91:11-12, mas novamente o Senhor respondeu com a Escritura em sentido contrário, ver Deut. 6:16, afirmando que seria errado abusar de Seus próprios poderes. A terceira tentação foi acerca da concupiscência dos olhos. Ver Mateus 4:8-10. O diabo já tinha o controle sobre os reinos do mundo, ver Efésios 2:2, mas estava pronto a dar tudo a Cristo em troca de Sua lealdade. Jesus respondeu: "Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto" Mateus 4:10 e Deut.6:13.

Temos um Deus que não nos deixará ser tentado além do que podemos suportar; Ele proverá uma saída. Ver I Coríntios 10:13. Podemos, portanto, ser vitoriosos e agradecer ao Senhor pelo livramento da tentação. A experiência de Jesus no deserto nos ajuda a enxergar essas tentações comuns que tentam nos impedir de servir a Deus de forma eficaz. Jesus sabiamente nos ensina que não devemos colocar em risco a nossa vida cedendo as tentações do inimigo, devemos sim é cuidar sabiamente dos dons que recebemos e não jogá-los fora ou trata-los de maneira negligente ou descuidada. Por fim, o diabo se foi, mas somente quando terminou toda a tentação. Provavelmente, assim também é conosco: o tentador fica em nossa vida por um período com um objetivo claro: para tirarmos conclusões, ensinamentos e, principalmente orar para o diabo fugir de nós: “Portanto, sujeitai-vos a Deus. Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós!” Tiago 4:7

Pense nisso: “A tentação é um estímulo a pecar, e isto não procede de Deus, mas de Satanás, e do mal que há em nosso próprio coração. “Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.” Tiago 1:13. O Maior Discurso de Cristo, 116

“É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que poderemos colher em ceder às sugestões de Satanás. O pecado implica em desonra e ruína para toda alma que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde a cegar e iludir, e nos engodará com lisonjeiras perspectivas. Caso nos aventuremos no terreno do inimigo, não temos nenhuma garantia de proteção contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, cerrar toda entrada pela qual ele possa encontrar acesso à alma.” O Maior Discurso de Cristo, 118

QUARTA-FEIRA (6 de abril) A TERRA DE ZEBULON E NAFTALI Este é o texto para hoje: “Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali; Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou. Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 4:12-17

Zebulom e Naftali eram dois filhos de Jacó, ver Gên. 35:23-26, e os seus descendentes se estabeleceram na região norte da Palestina, na Galiléia. Essas tribos pertenciam ao antigo reino do Norte, com sede em Samaria, que tinham abandonado Deus e por isso, caíram em apostasia. Portanto, a Galiléia era uma região desprezada pelos judeus que viviam no sul, porque tinha uma população mista, em sua maioria gentílica, com poucos judeus, por isso o termo; “Galiléia dos gentios”. Gentio em grego é Ethnos e dá a ideia de povos não judeus, pagãos, desconhecedores de Deus. Ali Jesus cumpriu a profecia de Isaías 9 realizando a maior parte do  Seu ministério

Sabemos que da Galiléia surgiram vários grupos com lideranças isoladas, buscando a libertação do jugo romano. Foi na Galiléia que nasceu o grupo dos zelotes que, pelos anos 68 a 70, se rebelaram contra os romanos provocando a destruição de Jerusalém, fato muito importante tanto para os judeus, como para os cristãos. Essa região era considerada o lugar onde alguns bandidos se escondiam e causavam problemas sociais, eram pessoas consideradas subversivas e de segunda categoria, aos olhos dos poderosos de Jerusalém. Tratava-se sempre de uma ameaça ao poder estabelecido. Jesus foi criado nesta região. Daí que muitas vezes tratavam-no como o Galileu. Sua residência era em Nazaré, cidade pequena, onde em dia de Sábado Jesus deu início ao seu trabalho de pregar as boas novas do reino de Deus. Luc. 4:14-21.

Nazaré pertencia a Galileia. “Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele a quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.” João 1: 45, 46. 

Percebemos que Nazaré era uma vila insignificante na Galiléia. Nem sequer é mencionada no Velho Testamento ou nos escritos do historiador Flávio Josefo ou de qualquer outro rabino judeu. Como poderia vir o Messias de uma cidade tão insignificante e cheia de problemas?

Jesus foi pregar às pessoas que viviam na sombra da morte. O que isso significa? À sombra da morte moravam os que viviam na região que foi dada à Zebulom e à Naftali. A mesma região, que o Senhor foi desprezado, testemunharia o aparecimento da verdadeira Luz. À sombra da morte sofriam sob o jugo dos romanos Viviam tão aflitos como os seus antepassados viveram debaixo do jugo dos midianitas, pois tinham que pagar caríssimos impostos. À sombra da morte, as únicas alegrias eram as do trabalho honesto e árduo da ceifa ou da desgraça do despojo. Sem contar com as doenças e desgraças que o pecado causava, especialmente naquela época. À sombra da morte também vivemos nós. Mas, Jesus promete estar conosco para nos consolar neste mundo cheio de trevas morais e espirituais.

Jesus é a luz do mundo que ilumina o coração e revela o caminho para o Pai. Essa Luz é tão forte que alguns querem fugir dela, para que ninguém veja os seus pecados e sujeira interior. Então ficam no escuro, no esconderijo da alma e nunca são iluminados por Ele. Veja este texto: "Deus enviou o seu filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigénito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.” João 3:17-21.

QUINTA-FEIRA (7 de abril) O CHAMADO DOS PESCADORES - A lição de hoje mostra Jesus escolhendo e capacitando os Seus discípulos para serem líderes espirituais. Como Jesus tinha pouco tempo para passar na terra, Ele apressou-Se em capacitar primeiramente 12, e depois 70 discípulos. Os discípulos de Jesus eram pessoas comuns a quem Deus usou de maneira extraordinária. Os Evangelhos registram as constantes falhas; dificuldades e dúvidas, principalmente dos 12 apóstolos, mas após testemunharem a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou estas pessoas em homens e mulheres poderosos que “viraram o mundo de cabeça para baixo”. Atos 17:6.

Assim começou o chamado dos discípulos e depois continuou até completar os 12: “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.” Mateus 4:18-22. Depois continuou. Os discípulos passaram mais de 3 anos com Jesus para aprenderem com Ele.

O que é necessário para ser um verdadeiro discípulo e líder espiritual de Jesus? Duas coisas:
A) Conhecer as Suas doutrinas. Os discípulos de Cristo aprenderam aos Seus pés qual era a vontade de Deus contida em Sua palavra. Assim como Jesus é puro, Ele pede pureza em seguirmos os Seus mandamentos. Veja estes textos: "Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da imoralidade." I Tessalonicenses 4:3.

“Se me amais, guardai os meus mandamentos.” João 14:15

B) Passar tempo com o Mestre. É-nos dito que Jesus passava momentos preciosos em comunhão com o Pai. Veja estes textos: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.” Marcos 1:35

“Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos.” Lucas 6: 12-13

Podemos e devemos ser líderes espirituais no nosso lar, na igreja e na sociedade; mas precisamos, como os discípulos, obedecer as doutrinas como estão na Bíblia e passar momentos em íntima comunhão com o Mestre Jesus. Embora Jesus tenha passado pouco tempo na terra, Ele aproveitou todo o tempo possível para fazer discípulos. Cristo sabia que para o Cristianismo crescer forte; homens e mulheres deviam estar bem alicerçados no conhecimento teórico e prático do evangelho. 

O primeiro grupo de líderes a ser estabelecido foram os discípulos. Depois deles vieram muitos outros. Jesus escolheu líderes para exercer influência para a vida eterna. Seriam líderes que outros continuariam o seu trabalho. Portanto, a influência deles deveria ser no sentido da mudança do caráter das pessoas. Esses líderes deveriam exercer influência pelo ensino e pelo exemplo de vida.

Como posso fazer discípulos? Entre outras coisas, devo mostrar, pelo exemplo, que vivo com Jesus, depois; convidando amigos e familiares para irem à igreja comigo, oferecendo literaturas bíblicas, dando estudos bíblicos e participando de pequenos grupos de oração e de evangelismo.

Porque Jesus escolheu pescadores? Pela paciência que o pescador deve ter. A pesca exige espera e paciência para que o peixe venha e morda a isca. Pela coragem. O pescador não pode ter medo da água, do vento, do frio ou qualquer outro perigo. Pela perseverança.Se o pescador chegar ao lugar da pescaria e desanimar no primeiro instante, ele não consegue pegar nada. O pescador deve ter o conhecimento do local, do rio, do peixe, da isca, do anzol, da rede, da rede e das estações.

"A obediência pronta, implícita desses homens, sem promessas de remuneração, parece notável; mas as palavras de Cristo eram um convite que encerrava um poder para pregarem o evangelho. Cristo faria desses humildes pescadores, ligados com Ele, o meio de tirar homens do serviço de Satanás, levando-os ao serviço de Deus. Nessa obra eles se tornariam Suas testemunhas, levando ao mundo Sua verdade sem mistura de tradições e sofismas de homens. Mediante a prática de Suas virtudes, o andar e trabalhar com Ele, haviam de se qualificar para serem pescadores de homens. Assim foram os primeiros discípulos designados para a obra do ministério evangélico. Durante três anos, trabalharam junto ao Salvador, e, por Seus ensinos, obras e exemplo, prepararam-se para levar avante a obra que Ele começara. Pela simplicidade da fé, pelo serviço puro, humilde, os discípulos foram ensinados a assumir responsabilidades na causa de Deus.” Obreiros Evangélicos, 24

SEXTA-FEIRA (8 de abril) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO 2 (2º trimestre de 2016) INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO - Ninguém é indispensável. Quando desaparecermos alguém ocupará o nosso lugar. Jesus deixou atrás de Si os Seus discípulos. A quem estamos nós a dar formação para contribuir para a conclusão da obra? No passado Jesus utilizou-Se de pessoas humildes e mansas para ensinar-lhes a salvação. Os apóstolos, embora simples, exerceram uma influência que veio diretamente do céu. Hoje também não é diferente. Somente poderemos ser discípulos verdadeiros se mantivermos o nosso coração isento de orgulho, egoísmo e inveja. Que Deus tenha misericórdia de mim para eu ser um bom discípulo e um discipulador disponível e abençoado! Amém?

Veja estes textos: “O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder a Sua igreja. Era como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito. E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os apóstolos exclamaram: “Nisto está a caridade!” I João 4:10. Eles se apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da incredulidade. Milhares se converteram num dia”. Atos dos Apóstolos, 37 e 38.

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus” (Efés. 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus”. Atos dos Apóstolos, 9.

“Por toda parte a luz da verdade deve brilhar, para que os corações possam despertar e converter-se. Em todos os países deve ser proclamado o evangelho. Os servos de Deus devem trabalhar em lugares vizinhos e distantes, alargando as porções cultivadas da vinha, e indo às regiões além. Devem trabalhar enquanto dura o dia; pois vem a noite, na qual nenhum homem pode trabalhar. Aos pecadores deve-se apontar um Salvador erguido numa cruz, fazendo-se ouvir por muitas vozes o convite: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29. Devem-se organizar igrejas, e elaborar planos para que a obra seja feita pelos membros das igrejas recém-organizadas. Ao saírem os obreiros cheios de zelo e do amor de Deus, as igrejas em sua própria terra serão reavivadas, pois o êxito dos obreiros será considerado, por todos os membros da igreja, como objeto de profundo interesse pessoal.” Obreiros Evangélicos, 25

“O exaltado Filho de Deus, assumindo a humanidade, vem para perto do homem, pondo-Se como substituto do pecador. Identifica-Se com os sofrimentos e aflições dos homens. Foi tentado em todos os pontos, como o é o homem, para que pudesse saber como socorrer aos tentados. Cristo venceu em favor do pecador.” Mensagens Escolhidas, vol 1, 279.


Luís Carlos Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário