domingo, 21 de maio de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (II trimestre de 2017) O DIA DO SENHOR

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (II trimestre de 2017) O DIA DO SENHOR

VERSO ÁUREO: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade.” II Pedro 3:11

INTRODUÇÃO (sábado 10 de junho) – A lição desta semana menciona sobre o dia do juízo e vemos que Pedro não tinha medo de alertar sobre o julgamento.

Vivemos em um tempo de muita curiosidade quanto aos últimos dias. As pessoas querem saber quando sucederão as coisas registradas na Bíblia Sagrada sobre o julgamento final. Tem gente marcando datas para o fim do mundo, e todas as vezes estão enganando muitas pessoas desprevenidas que, vez após vezes, se decepcionam com as falsas predições de homens. Já passaram as datas do ano 2012, para o fim deste agitado planeta, conforme predições humanas, e não houve nenhum cumprimento.

Nem mesmo o apóstolo Pedro teve a pretensão de predizer o exato tempo do fim do mundo, pois não era esse o campo de informação que lhe foi dado comunicar. E, como os crentes de seu tempo tinham a mesma curiosidade do nosso tempo, Pedro lhes deu uma resposta nestes termos, apenas relembrando as palavras de Cristo que todos conhecemos: “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações” I Pedro 4:7.

O Dia do Senhor é uma expressão tirada do Antigo Testamento, ver Isa 13:6, 9 e Joel 1:15. Disse o profeta Sofonias, em uma das passagens mais impressionantes sobre a brevidade, solenidade e destruição que acontecerá no Dia do Senhor: "Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas.Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra." Sof 1:14-17).

Será um dia de trevas e densa escuridão. Será um dia de ajuste de contas, será o terrível Dia do Julgamento. Será o grande e glorioso Dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo. E a “destruição total e repentina de todos os moradores da terra” se refere aos que não reconheceram ao grande e Todo-poderoso Deus e rejeitaram o Seu amor oferecido abundantemente.

1. COMO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá inesperadamente. V. 2: “O dia do Senhor vem como ladrão de noite.” Ninguém espera a chegada de um ladrão. Eu já fui assaltado algumas vezes e os os ladrões não me avisaram que vinham me roubar. Assim será o Dia do Senhor: Ele virá inesperadamente. De repente! Será uma surpresa para muita gente! Assim virá o Dia do Senhor para os ímpios, porque não estarão aguardando esse dia. Será inesperado porque não o esperam. Mas como poderiam esperar algo em que não crêem? É por isso que é tão importante compreender a doutrina, a fim de não sermos decepcionados, quando os acontecimentos finais tiverem lugar. Você não precisa ser surpreendido. Não precisa esperar que seja arrebatado em oculto, porque isso não acontecerá. Diz o texto de Paulo que o Dia do Senhor virá com destruição para os ímpios, e, portanto, será muito visível; tão visível que até os rebeldes verão esse Dia.

2. QUANDO VIRÁ O DIA DO SENHOR? O dia do Senhor virá em tempos de paz: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” Este é mais um dos múltiplos sinais que estão se cumprindo diante de nossos olhos. A destruição dos ímpios virá quando eles estiverem proclamando a sua segurança apesar de sua vida de impiedade. Isso já aconteceu no passado. Na geração do dilúvio, os antediluvianos se apoiaram nesta falsa segurança. Disseram eles: “Noé prega que virá em breve um Dilúvio universal, como resultado da queda de uma grande chuva, vinda dos céus. Mas a ciência prova que isso é impossível, porque as águas que se conhecem por experiência vêm de baixo da terra, como uma neblina suave, e nunca de cima, caindo dos céus, como chuvas torrenciais. Não precisamos nos preocupar com falsos alarmistas. Há paz e segurança entre nós. Mas, Noé veio nos perturbar com a sua pregação anunciadora dos juízos divinos. Mas Deus não castiga a ninguém com dilúvios. Jamais aconteceu no passado e com a segurança dos teólogos e a certeza dos cientistas, jamais acontecerá no futuro!” Então, numa esmagadora surpresa, Deus enviou o dilúvio que trouxe a destruição da superfície de toda  a terra e dos seus ímpios habitantes.

A geração pós-dilúvio revelou a mesma atitude. Logo depois do dilúvio, os homens se esqueceram da lição e começaram a apostatar novamente e a desafiarem Deus construindo uma torre, a famosa Torre de Babel. Eles tiveram a ideia infeliz de construir a torre da sua salvação. E disseram: “Agora, estaremos em paz e segurança, porque vamos construir uma torre que alcançará os céus e estaremos acima de qualquer dilúvio que houver. Teremos um refúgio seguro. Podemos descansar em uma doce aventura. Não haverá mais perigo.” Pobres e iludidos!

Então, enquanto eles estavam construindo a famosa Torre de Babel, que significa confusão, Deus lhes confundiu a língua, e todos passaram a falar em diferentes idiomas, e não puderam mais se entender. Foi um momento de angústia e espanto inesperados. A vinda do dia do juízo lhes sobreveio como uma esmagadora surpresa.

Os habitantes de Sodoma e Gomorra, homens corruptos e violentos viviam os seus dias de impiedade, e haviam enchido a taça da misericórdia divina, e o seu tempo de graça havia terminado. Mas, quando chegou o seu Dia do juízo? Quando eles estavam satisfeitos consigo mesmos, proclamando a sua paz e segurança. É o que nos diz o profeta Ezequiel: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade.” Ezeq. 16:49.

Hoje a história se repete. A profecia se cumpre de modo preciso. Como está se cumprindo? Observando as condições de nosso mundo moderno, podemos ver como o mundo está de novo se preparando para a era do triunfalismo e otimismo. Quando o mundo tiver passado por mais algumas experiências, então se cumprirão todas as profecias. O mundo está se preparando para o triunfo da tecnologia, a liderança mundial, a solução dos problemas, a cura de todas as doenças, a união das igrejas, o fim das guerras...

Então será dada a grande e promissora notícia: Nunca mais haverá guerra. Nunca mais o mundo sentirá a fome. Estamos em “paz e segurança.” Temos um governo global, temos a solução para todos os nossos problemas, temos a ciência e não precisamos nem mesmo de Deus. “Paz e segurança!” é a realização dos nossos sonhos mais acalentados.

E se alguns não concordarem? Esses discordantes terão de ser perseguidos de morte. Haverá um decreto de morte contra todos os que discordarem das supremas autoridades. Então, o que acontecerá com todos os Ímpios? Então lhes sobrevirá repentina destruição. Esta profecia está se cumprindo, e logo veremos a destruição iminente. Eles tentarão escapar, mas não poderão. Então, Jesus Cristo virá nas nuvens dos céus, com poder e grande glória. Estaremos preparados?

DOMINGO (11 de junho) A LINHA CONDUTORA DA AUTORIDADE – A lição de hoje mostra Pedro lembrando os seus leitores sobre a necessidade de darem o valor devido e necessário aos escritos dos profetas do Velho Testamento. Eis o texto principal: “Amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero; ara que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.” II Pedro 3:1 e 2.

A Bíblia, em si, é uma revelação progressiva. Se o leitor pular a primeira metade de qualquer livro e tentar terminá-lo, ele vai ter dificuldades de entender seus personagens, o enredo e o final. Igualmente, o Novo Testamento só pode ser completamente entendido quando é visto como o cumprimento dos eventos, personagens, leis, sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo Testamento.

Sem o Antigo Testamento, deixaríamos de entender várias profecias detalhadas, pois a Bíblia realmente é Palavra de Deus e não dos homens. As profecias dão detalhes específicos sobre a ascensão e queda de nações, como iriam cair, e quais os poderes que seriam os próximos a emergir, quem seriam os principais personagens e o que aconteceria com os seus reinos quando morressem. Essas profecias detalhadas são tão exatas que céticos acreditam que só podem ter sido escritas depois do ocorrido. Ver as profecias de Daniel capítulos 2, 7 e 8, por exemplo.

O Velho Testamento também traz grande quantidade de sabedoria que o Novo Testamento não fornece. Muitas dessas estão escritas nos livros de Salmos e Provérbios. Esses ensinos de sabedoria revelam como posso ser mais sábio do que meus mestres, qual o resultado de vários pecados e mostra a inutilidade para o reino de Deus das pessoas que vivem sem Deus. Sem o Antigo Testamento, não teríamos nenhuma base para nos guardar contra os erros das perversões, politicamente corretas da nossa sociedade.

Nós, os Adventistas do 7º Dia, entendemos que o Antigo Testamento traz consigo uma linha condutora de inspiração bíblica e autoridade à todas as pessoas. As palavras ditas pelos profetas não foram palavras de homens com veia poética, os quais, dotados de um discernimento poético, enxergaram um pouco mais longe e mais fundo do que as demais pessoas podiam perceber quanto à existência; e que, assim inspirados, fizeram notáveis declarações sobre esta vida e sobre como devia ser vivida. Longe de nós ideias assim! Os profetas foram homens de Deus, e da parte dele receberam as Suas mensagens. Tudo quanto disseram é a pura verdade divina.

Para Cristo, a lei e os profetas constituíam a Sagrada Escritura, que nos foi dada por Deus e que, conforme Jesus ensina em João 10:35, “não pode falhar”. Essa é a própria palavra de Deus, a qual haverá de ter cumprimento cabal até aos mínimos detalhes, permanecendo em pé enquanto existirem os céus e a terra: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.” Mateus 5: 17 e 18.

Jesus havia comunicado certo conhecimento de Deus aos patriarcas, profetas, e aos apóstolos. As revelações do Antigo Testamento eram acentuadamente os desdobramentos do evangelho, o patentear do desígnio e da vontade do Pai infinito. Mediante os homens santos da antiguidade, Cristo trabalhou pela salvação da humanidade caída. E quando Ele veio ao mundo foi com a mesma mensagem de redenção do pecado, e restauração ao favor de Deus." Para Conhecê-Lo, 33

SEGUNDA-FEIRA (12 de junho) OS ESCARNECEDORES – A lição de hoje menciona os escarnecedores que surgiriam antes de Cristo voltar e que duvidariam de Deus e de Sua Palavra. Eis o texto:Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Pedro 3:3 e 4.

É bom  e necessário sermos lembrados de algumas coisas que já sabemos. Pedro reconheceu este fato e escreveu sua segunda carta com este propósito em mente. Ver 1:12-15. Referindo-se ao seu corpo como "um tabernáculo," uma morada temporária, ele previu sua morte próxima e desejou lembrar seus leitores da necessidade do crescimento espiritual. E entre algumas coisas, Pedro lembrou os crentes sobre os falsos mestre, sobre a existência dos ateus de hoje que zombariam da existência de Deus e da veracidade da Bíblia, como a Palavra de Deus e também falou dos escarnecedores.

Pedro afirma que o seu ensino a respeito da segunda vinda de Cristo não derivou de fábulas que ele havia inventado, mas que era testemunha ocular da majestade de Cristo, ver 1:16 e que ele tinha em mente a ocasião quando Jesus foi transfigurado, um acontecimento onde ele esteve presente para testemunhar a glória do Senhor, ver Mateus 17:1-8. Em acréscimo ao testemunho ocular dos apóstolos, as profecias do Velho Testamento também afirmaram a glória e o poder do Senhor. Estas profecias não se originaram da vontade humana, antes os profetas falaram como foram movidos pelo Espírito Santo. Ver II Pedro 1:19-21. para alem de tudo isso, o próprio Pedro ouviu a promessa de Cristo: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14: 1-3.

"Pedro observa o argumento dos escarnecedores e menciona que eles se esqueceram de algumas coisas que tinham acontecido, como o dilúvio. Eles tinham esquecido, de propósito, do dilúvio no tempo de Noé! Os mesmos céus e terra que foram criados pela Palavra de Deus foram mais tarde destruídos pela Sua Palavra. Pela mesma Palavra os céus e a terra, que agora existem, foram reservados para a destruição pelo fogo , ver II Pedro 3:7. Tendo Pedro corrigido a premissa falsa destes zombadores, ele afirmou que o cumprimento da promessa da vinda de Cristo é independente do tempo que passou.
Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial desta época. Jamais ergueu o vício a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniqüidade não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que assim fosse, mas não é! Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo, são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse acontecimento do que o próprio Satanás. Não se estão purificando de toda poluição. Têm por tanto tempo servido a sua concupiscência, que lhes é natural pensar impuramente e ter corruptas imaginações. É tão impossível fazer com que sua mente demore nas coisas puras e santas, como seria desviar o curso do Niágara, e fazer com que suas águas jorrassem para cima.” Test. Seletos, vol 1, 256.

TERÇA- FEIRA (13 de junho) MIL ANOS COMO UM DIAEste é o texto para hoje:Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.” II Pedro 3:8-10.

Pedro está dizendo algo simples aos seus leitores; para Deus, mil anos são o mesmo que um dia. Pedro não está dando uma data para o cumprimento da profecia; sua ilustração pretende indicar que o Senhor não conta o tempo como fazem os homens. Ver II Pedro 3:8. O apóstolo deixa claro que a passagem do tempo não representa a infidelidade de Deus, mas, antes a Sua misericórdia. O dia do Senhor certamente virá sem aviso, como um ladrão na noite, trazendo com ele a destruição da terra e de todas as obras dos homens. 

Pedro enaltece a paciência ou longanimidade de Deus, que é um aspeto importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7 descreve Deus assim: "Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!"

Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: "O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."

Quando a Bíblia menciona que Deus é longânimo, está dizendo que Ele demora para fazer juízo. A longanimidade divina não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão. Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do Seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" Isaías 48:9.


"Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. ... Conquanto o divino Governador suporte com paciência a maldade, não pode ser enganado, e não silenciará para sempre. Sua supremacia, Sua autoridade como Governador do Universo devem ser finalmente reconhecidas, e vindicados os justos reclamos da Sua lei.” Test Seletos vol 3, 329, 330

O propósito de Deus em Sua paciência é de nos conduzir ao arrependimento. Veja este texto: "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Romanos 2:4 Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece e lembrar que na paciência de Deus consiste a nossa oportunidade de arrependimento. Não devemos deixar esta oportunidade passar. Se jesus ainda não voltou é porque ele deseja nos salvar e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para continuar no pecado. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam...

Há limites até para a longanimidade de Deus, e muitos estão ultrapassando tais limites. Sobrepujaram os limites da graça, e portanto Deus deve intervir e reivindicar Sua honra. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo.” Test. Seletos, vol 2, 62 e 64.


QUARTA-FEIRA (14 de junho) E ENTÃO? Esta pergunta é importante, pois faz-nos pensar na demora da volta de Cristo. E então, faz tanto tempo que ouvimos sobre a volta de Cristo, e por que Ele ainda não voltou?

O texto de hoje resume muito bem as duas responsabilidades de cada crente: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” II Pedro 3:11-13.

Como vamos aguardar a volta de Cristo? Devemos fazer duas coisas muito importantes: Preparar a nossa vida espiritual e preparar outras pessoas para a volta de Cristo.

Estar vigilante. Estar vigilante implica estudar a Bíblia Sagrada e levar uma vida plena de oração. Em Lucas 12:35-48 mostra que enquanto Jesus não volta precisamos fazer algumas coisas: devemos ter cingido o nosso corpo, e acesas, as nossas lâmpadas. Devemos ser semelhantes a homens que esperam pelo seu Senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo abram a porta.

A partir do verso 37 ao 40 lemos: “Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá. Quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.”

Congregar. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” Heb 10.25. Esta advertência e exortação, se era pertinente na época em que esta carta fora escrita, é muito mais nos dias de hoje. Adorar a Deus na igreja é uma expressão de amor e confiança nas promessas de Cristo. Por isso, a característica marcante do crente sempre será a alegria de estarmos juntos esperando nosso Senhor e animando uns aos outros: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I João 1:7.

O mundo sempre foi hostil para com a igreja de Deus, e cada vez mais está se voltando contra a religião cristã e seus princípios, por isso; precisamos buscar fortalecimento e edificação na comunhão com nossos irmãos na fé e com o Senhor. Precisamos da igreja porque ela nos ajuda a nos mantermos vigilantes. Se quisermos nos manter em vigilância precisamos estar na igreja, participar das atividades da igreja e colaborar com a igreja através dos nossos dons espirituais.

Os discípulos esperavam que Jesus implantasse um reino político. Isto está implícito na pergunta que fizeram a Jesus: “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Atos 1:6. E Jesus contou a parábola das minas porque percebeu que Seus discípulos achavam que o reino viria de imediato: “Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.” Lucas 19:11.

É bem possível que ao se depararem com a possibilidade de um reino imediato, muitos aderiram à condição de espera apenas. Já que o reino virá, não precisaremos fazer nada, vamos apenas aguardar! Este pensamento pode nos atingir hoje, como Jesus voltará, e o tempo está se cumprindo, vamos deitar debaixo de uma grande árvore com sombra e vamos aguardar a volta de Cristo. Mas as parábolas dos talentos, ver Mateus. 25:14-30 e das minas, ver  Luc. 19: 12-27 nos mostram que, enquanto Jesus não volta, é tempo de trabalho. É necessário que sejamos encontrados produtivos para o reino de Deus quando Ele vier buscar Seu povo. Devemos nos manter ativos com as atividades internas e externas da igreja. Ficar só orando enquanto os outros trabalham não é uma forma de esperar, mas sim uma demostração de inatividade e preguiça. religiosa.

O apóstolo Paulo menciona em Rom. 8:22 que "toda criação geme e suporta angústias até agora". Estes gemidos não são vistos como o grito de morte da criação, mas como as dores de parto que levam à sua restauração. O mundo está doente, o pecado o deteriorou. O mundo está sofrendo dores, está gemendo e sua esperança não encontra sequer um alívio até que Jesus volte, mas enquanto isso, a igreja deve estar envolvida com a missão de aliviar o sofrimento da humanidade. Portanto, não permita que as adversidades da vida o desanimem. Os gemidos são certos, as lágrimas são inevitáveis, mas “bem-aventurado aquele que semeia com lágrimas, porque voltará colhendo com júbilo e alegria”.

Pregar o evangelho: Devemos pensar no céu, desejar o céu, pregar sobre a eternidade e viver como se fôssemos para o céu ainda hoje, mas não podemos nos esquecer de que enquanto Jesus não volta, Ele nos deixou como embaixadores do Seu reino, nos constituiu fiéis mordomos, nos confiando Seus bens, dando-nos uma missão e nos capacitando para isto. Portanto, não somos apenas meros expectadores na implantação do reino de Cristo, somos agentes que possuem o privilégio de serem participantes do maior projeto que já existiu no mundo: a implantação do reino de Deus! Amém?

QUINTA-FEIRA (15 de junho) UM APELO FINALHoje vamos ver o último tema das epistolas de Pedro, que foi o seu apelo final aos crentes e a nós. Eis o texto:  “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” II Pedro 3. 14-18.

O apelo final de Pedro foi para que os crentes permanecessem firmes nas doutrinas que tinham aceitado, tomando cuidado com os falsos mestres e que continuassem amando e exaltando o Cristo ressurreto. Uma das palavras-chave usadas pelo apóstolo nesta epístola de II Pedro é "conhecimento". Pedro usa essa palavra 17 vezes. A ideia é que ao conhecermos aquilo que é correto nós podemos viver uma vida que agrada a Deus e confrontarmos falsos ensinamentos.

No texto de hoje Pedro dá-nos uma ordem para nos empenharmos; fazermos todo esforço, reunirmos toda a nossa diligência para estarmos preparados para o iminente retorno de Cristo. A forma em que este imperativo se encontra sugere urgência e prioridade no cuidado com a nossa vida espiritual. Pedro também inclui, em sua exortação ao cuidado pessoal, o aspecto da pureza. Não apenas devemos ser achados por Cristo em paz, mas também “sem mácula e irrepreensíveis.”

Pedro apela-nos para que tenhamos um conhecimento real de Cristo e cresçamos em Sua graça. Quanto mais entendemos quão pecadores somos, e quão dependente somos de Deus, mais apreciaremos o valor da Sua graça derramada sobre nós em Jesus Cristo. É necessário que o cristão cresça no conhecimento de Cristo. Pedro, quando menciona conhecimento de Cristo, não está se referindo meramente a informações a respeito de Jesus, mas a intimidade com o Senhor. Não se trata de um conhecimento de informação teórica mas de um conhecimento que transforma o crente. Há um grande perigo que cerca o crente atual; é o ele estar saturado desse tipo de conhecimento teórico e não desejar o conhecimento experimental de Cristo, através da comunhão com Ele.

Porém continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Pedro 3:18 É o privilégio dos jovens, ao crescerem em Cristo, crescerem na graça e no conhecimento espirituais. Podemos conhecer mais e mais de Jesus por um interessado exame das Escrituras, seguindo então os caminhos de verdade e justiça assim revelados. Os que estão sempre crescendo em graça são firmes na fé e marcham avante. No coração de todo jovem que se propôs ser um discípulo de Jesus Cristo, deve haver um fervoroso desejo de atingir a mais elevada norma cristã, ser um colaborador de Cristo. Se ele puser sua aspiração em pertencer ao número dos que serão apresentados irrepreensíveis diante do trono de Deus, estará continuamente progredindo. O único meio de se manter firme, é progredir diariamente na vida divina. A fé crescerá se, ao ser posta em conflito com a dúvida e os obstáculos, os vencer. A verdadeira santificação é progressiva. Se vocês estão crescendo na graça e conhecimento de Jesus Cristo, aproveitarão todo privilégio e oportunidade de adquirir mais conhecimento da vida e do caráter de Cristo.” Mensagens aos Jovens, 121

SEXTA-FEIRA (16 de junho) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12 (II trimestre de 2017) O DIA DO SENHOR A lição desta semana deixou bem claro a diferença que há entre os filhos de Deus, que anseiam pela vida eterna, e os escarnecedores da segunda volta de Cristo, que desprezam a salvação. Pedro deixou claro que assim como aconteceu o dilúvio, assim também Jesus voltará para buscar os Seus filhos.

O dia do Senhor virá para os justos e eles não estão em trevas. Em I Tes. 5:4-5 encontramos: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.”

Os cristãos são homens e mulheres mais esclarecidos em todo o mundo acerca de muitas coisas que são essenciais. Não adianta ter uma cultura de coisas que não podem ajudar; não é todo o conhecimento que importa saber, realmente. O que importa é aquilo que nos trará um benefício real para esta vida e para a vida futura O cristão sabe de onde vem, o que faz aqui e para onde vai. É justamente isso o que os outros ignoram, para sua infelicidade. Eles ainda estão procurando responder a estas perguntas básicas para a felicidade do homem.

Os cristãos não estão em trevas. Eles são “filhos da luz”. Eles não estão nas trevas da ignorância, porque conhecem e sabem das coisas mais importantes para a vida feliz e proveitosa. Os cristãos não estão nas trevas do desespero, porque esperam em Deus para qualquer circunstância difícil que possam enfrentar. Os cristãos não estão nas trevas do pecado e do vício porque têm a salvação e o socorro no Salvador Jesus Cristo. Os cristãos não estão nas trevas da morte, porque sabem que a sua vida está escondida em Deus que lhes prometeu a vida eterna. Amém?

A igreja tem a função de estar organizada e em funcionamento para a adoração a Deus, com escolas sabatinas bem planejadas e realizadas, vigílias, encontros jovens, reunião de oração, etc... Cada crente também necessita ter momentos de comunhão um com o outro para a manutenção da fé dos fiéis. A liderança necessita denunciar o pecado, mas a igreja também precisa organizar ministérios que levem justiça social e atendimento espiritual às pessoas.

A igreja cristã, enquanto aguarda a volta de Cristo, desenvolve ações de amor em favor das pessoas.  Deus quer uma Igreja que seja luz no mundo e a marca mais evidente de nossa época é o individualismo. A Bíblia mostra que os dois principais mandamentos são: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Mas, se não amamos a Deus, como poderemos amar o próximo? Se desconsiderarmos que Deus atua eficazmente em nossa vida, como poderemos imaginar que o próximo poderá nos ser útil em uma vida em sociedade? A tendência, portanto, é viver juntos, mesmo assim; as redes sociais, os edifícios confortáveis que temos nas igrejas e outras modernidades afastam uns dos outros. O que interessa para Deus é enxergarmos a nossa necessidade de viver em santidade, olhando para o próximo em suas necessidades.

Jesus disse que a igreja é a luz do mundo, ver Mateus 5:14, e que cada cristão deve manter sua luz acesa para iluminar “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” Filipenses 2.15. Essa luz é a vida de cada membro da igreja, seu testemunho de vida e santidade.

Luís Carlos Fonseca


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